Quem ligou o rádio nos anos 1980 ouviu à exaustão os sucessos dos britânicos do Def Leppard. Hits como Hysteria, Animal e Pour Some Sugar on me ocuparam os primeiros lugares das paradas no Brasil e em todo o mundo. Após um período de pouco protagonismo, a banda está de volta com o ótimo álbum Diamond Star Halos (foto abaixo), onde recuperaram a forma. O vocalista Joe Elliott (ao centro, na foto acima) conversou com ISTOÉ e falou sobre esse retorno.

Como situa esse disco na carreira da banda?
Pyromania e Hysteria são nossos álbuns mais bem sucedidos, mas gosto do High & Dry e Adrenalize. Apesar de não ter vendido muito, o Slang foi um renascimento. Sempre colocamos muita energia nos discos, mesmo quando não fazem tanto sucesso. Diamond Star Halos é uma das melhores coisas que fizemos, ainda mais considerando que foi gravado durante a pandemia. A banda é inglesa, mas fez sucesso primeiro nos EUA.

Há diferença entre o rock americano e o britânico?
Hoje isso é menos importante do que era nos anos 1980. Há algumas diferenças de estilo. Uma banda como o Journey não poderia vir da Inglaterra, assim como o The Clash ou Iron Maiden não surgiriam nos EUA. Mas tudo mudou com a globalização da música. Meu sotaque não é tão forte, então parte do público achava que éramos americanos.A turnê de Slang, nos anos 1990, não foi muito boa, mas os shows de 2017 no Rock in Rio e em São Paulo foram um sucesso.

Como está a relação com os fãs brasileiros hoje?
Fomos convidados para tocar no Rock in Rio em 1985, mas Rick Allen não estava pronto (o músico sofreu um acidente e teve de reaprender a tocar em uma bateria adaptada). Perdemos uma grande oportunidade porque estávamos no auge. Os álbuns que vieram depois não tocaram nas rádios, mas os shows de 2017 nos reapresentaram aos fãs brasileiros. Só então a nova geração pode conhecer nossos sucessos. A audiência no streaming cresceu e agora é excelente, por isso queremos tocar no Brasil em 2023.