O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou nesta terça-feira que as sanções americanas impostas contra o Irã voltarão a entrar em vigor “agora”, na esteira da decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de retirar Washington do acordo nuclear internacional com Teerã. No entanto, Mnuchin ressaltou que quem tem negócios com o Irã terá um tempo para regularizar a situação e comentou que o governo americano quer manter a calma nos mercados de energia, ao realizar um “caminho de transição ordenada” em relação ao petróleo iraniano.

Em entrevista à rede de TV americana Fox News, Mnuchin comentou que os EUA estão prontos para uma renegociação do acordo nuclear neste momento. “O presidente foi bastante claro desde a campanha e desde que ele assumiu a Casa Branca que esse é um acordo ruim”, disse o secretário do Tesouro, lembrando que autoridades americanas conversaram com aliados sobre a decisão e sobre a possibilidade de, mesmo com a vigência do pacto, o Irã ter armas nucleares. “Eu e o secretário Mike Pompeo continuaremos a ter conversas com nossos aliados sobre essa situação.”

De acordo com Mnuchin, o governo do ex-presidente Barack Obama errou ao não levar o acordo para ser discutido no Congresso. “A questão é simples: não queremos que o Irã tenha armas nucleares. Então, se eles quiserem que retornemos ao acordo, que voltem à mesa de negociações para que façamos um pacto melhor”, comentou Mnuchin. Ele afirmou, ainda, que as sanções contra Teerã funcionaram antes e que voltarão à mesa agora depois de diversas conversas que Trump teve com a equipe e com outros países. “Vamos trabalhar com nossos parceiros para consertar o acordo e ter um novo pacto”, disse.

Para o secretário americano, Trump foi claro ao dizer que os americanos vão dar apoio ao povo iraniano, que pode ter um futuro brilhante. “No entanto, esse futuro brilhante não inclui armas nucleares, mísseis balísticos e financiamento ao terrorismo”, disse Mnuchin. Ele lembrou que, seis meses atrás, pessoas diziam que Trump estava sendo muito duro com a Coreia do Norte e, agora, o regime de Kim Jong-un está “sentando à mesa para negociar e é por isso que seremos duros com o Irã, a fim de que possamos dar segurança ao povo americano”.


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