As entidades ligadas à Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo assumiram o papel de disseminação de conhecimento tecnológico, no intuito de democratizar o acesso ao desenvolvimento e inovação no setor. “Queremos inovação que tenha compromisso com a sustentabilidade. No agronegócio, a inovação deve ser inclusiva e chegar até o pequeno produtor”, disse o secretário de Agricultura de São Paulo, Arnaldo Jardim, durante a abertura da feira de inovação na agropecuária, Agrifutura, realizada na capital paulista.

Ao Broadcast Agro, Jardim ressaltou que 23,4% dos investimentos em institutos de pesquisa agropecuária são feitos pela iniciativa privada e, para 2018, a meta é chegar aos 25%. Há três anos, este porcentual era de 17%. Para ele, a aproximação da iniciativa privada colabora para a expansão de projetos de inovação e permite que a Secretaria amplie seus esforços na disseminação do conhecimento. “Isso diminui a distância entre o produtor e as iniciativas que ele pode adotar para se desenvolver”, afirma.

Em meados de 2016, houve uma mudança legislativa que permitiu essa aproximação entre as empresas privadas e os institutos de pesquisa. Antes, as empresas tinham participações menores no ganho intelectual que era produzido por meio dos projetos de pesquisa. Agora, esses royalties dos projetos são divididos apenas entre a empresa e a instituição de pesquisa, em porcentuais considerados mais atrativos para a iniciativa privada.

O evento de hoje, de acordo com Jardim, é um exemplo de disseminação de iniciativas. “Temos aqui os institutos de pesquisa do governo, o BNDES, grandes empresas do setor e até representantes da Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado São Paulo), de maneira estratégica para que a inovação transite por todos os elos da cadeia”, acrescenta.


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