Quênia e Haiti assinaram um acordo, nesta sexta-feira (1º), para o envio de tropas policiais deste país africano à ilha caribenha, como parte de uma missão internacional apoiada pela ONU, segundo um comunicado do presidente queniano, William Ruto.

O chefe de Estado africano e o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, em visita à Nairóbi, “conversaram sobre as próximas etapas para permitir uma aceleração do destacamento” destes militares, disse a nota.

O texto, entretanto, não especifica se o acordo é compatível com a decisão de um tribunal queniano, que em janeiro passou a considerar ilegal o envio de policiais ao Haiti.

“Aproveito esta ocasião para reiterar o compromisso do Quênia em contribuir ao sucesso desta missão multinacional. Pensamos que se trata de um dever histórico, uma vez que a paz no Haiti é boa para o mundo como um todo”, afirmou Ruto no comunicado.

Em julho de 2023, diante de pedidos cada vez mais urgentes do governo haitiano, o Quênia aceitou liderar esta missão, que enviará entre 2.500 e 2.600 efetivos “durante o primeiro trimestre de 2024”, segundo uma representante especial da ONU no Haiti. A operação foi autorizada pela ONU em outubro e também conta com o apoio dos Estados Unidos.

O Parlamento queniano aprovou a medida, mas esta foi bloqueada por uma decisão judicial, da qual o governo anunciou que vai recorrer.

Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, janeiro de 2024 foi o “mês mais violento em dois anos” no Haiti, onde a “situação já desastrosa” “deteriorou-se ainda mais, em um contexto de violência incessante e de crescimento das facções”.

str-dyg/avl-jvb/yr