Jacus

Se todos os 195 países continuarem na mesma trajetória no manejo da saúde pública, dentro de 22 anos os espanhóis, japoneses, os nascidos em Singapura, os suíços e os portugueses serão os povos com maior expectativa de vida do mundo. Na Espanha, ela será de 85,8 anos, no Japão, de 85,7, em Singapura, de 85,4, na Suíça, de 85,2 e, em Portugal, de 84,5 anos. No Brasil, o cenário mudará pouco: em duas décadas, sairemos dos 75,2 anos registrados em 2016 para 78,5 anos. Haverá aumento, como mostram os números, mas no rearranjo do ranking de longevidade mundial, cairemos do 81º. lugar para a 82a posição. A China, ao contrário, embalada pelo expressivo crescimento econômico que vem apresentando, deverá pular do 68º lugar da lista de 2016 para a 39a colocação. Lá, a expectativa de vida sairá dos 76,3 anos e chegará aos 81,9 anos, somando um aumento de 5,6 anos de vida.

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Previsões, não sentenças

Os números foram levantados pelo Instituto de Métrica e Análise da Saúde (EUA) e divulgados na terça-feira 16 na revista The Lancet, veículo de grande prestígio científico notabilizado pela divulgação de dados globais sobre saúde pública. Foram levados em consideração aspectos como o controle de mortalidade materna, índices de saneamento sanitário e acesso da população a serviços de atendimento.

Voyager

Em sua análise, os pesquisadores advertem que os números são previsões, não sentenças. Eles poderão ser mudados se as nações aprimorarem o controle das principais causas de mortalidade, caso de doenças como diabetes, câncer e infarto cardíaco. Todas estão associadas a estilo de vida, inclusive o que câncer, que tem origem mais em hábitos nocivos como sedentarismo e alta ingestão de gordura do que em fatores genéticos. “O futuro não está pré-determinado e existe grande variedade de trajetórias plausíveis”, disse Kyle Foreman, diretor de Ciência de Dados do instituto responsável pelo levantamento.”Tudo dependerá de como os governos combaterão esses elementos-chaves.” O melhor exemplo disso é a previsão para os EUA, a maior economia do mundo. Mesmo com todo o dinheiro, correm o risco de cair do 43º lugar em 2016 para a 64a posição em 2040. A razão? A falta de controle da obesidade. O país é o primeiro na lista das nações com mais pessoas acima do peso: cerca de 87 milhões.

 

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