A Penitenciária Federal de Mossoró, que fica localizada no Rio Grande do Norte, notificou durante a manhã da quarta-feira, 14, a fuga de dois presos. A informação foi confirmada pela Sesed-RN (Secretaria de Estado de Segurança Pública e da Defesa Social), que está presente nas buscas por Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça. É a primeira vez que presidiários conseguem escapar de uma prisão federal.

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Os dois condenados haviam sido transferidos do Complexo Penitenciário de Rio Branco, no Acre, em setembro de 2023, quando 14 presos envolvidos em uma rebelião que culminou na morte de cinco detentos em julho do ano passado no Presídio Antônio Amaro Alves foram encaminhados à Penitenciária Federal de Mossoró. A Polícia Federal foi acionada em uma tentativa de encontrar os fugitivos.

De acordo com O Globo, Deibson Cabral Nascimento estava preso desde 2015 e já esteve recluso no presídio federal de Catanduva, no Paraná. O indivíduo está envolvido em processos relacionados à assalto, furto, roubo, homicídio e latrocínio. Rogério da Silva Mendonça também tem passagens pela polícia relativas a diversos crimes, como homicídio qualificado. Ambos integrariam uma organização criminosa.

Entenda o caso

A ocorrência representa a primeira fuga já registrada na história do sistema penitenciário federal. Existem cinco presídios deste tipo no Brasil, localizados em Catanduva (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO), Brasília (DF) e Mossoró (RN). Em todas as unidades estão encarcerados membros de alto escalão das maiores facções criminosas do País como o PCC (Primeiro Comando da Capital) de São Paulo e o Comando Vermelho, do Rio de Janeiro.

A segurança na divisa do Rio Grande do Norte foi reforçada e o Ministério da Justiça e Segurança Pública pediu a colaboração da Sesed-RN para que os dois presos sejam encontrados. Dois helicópteros auxiliam nas buscas pelos fugitivos, um está em Mossoró e outro em Natal. Desde 2021 não era registrada uma fuga do sistema penitenciário em território potiguar.

*Com informações do Estadão e da Agência Brasil