Os assessores de dois deputados federais do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, foram alvo de uma mandados de busca e apreensão da Polícia Federal nesta quinta-feira, 19: Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante, do Rio de Janeiro.
As suspeitas que envolvem os assessores desses dois parlamentares são de corrupção e lavagem de dinheiro, com possibilidade de irregularidade em cotas parlamentares, segundo as apurações da Operação Rent a Car. Neste texto, o site IstoÉ explica quem são Jordy e Sóstenes.
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Carlos Jordy
Natural de Niterói, Carlos Jordy nasceu em 1982 e está no 2º mandato como deputado federal, tendo sido reeleito com 114 mil votos em 2022.
Antes disso, foi vereador da cidade natal entre 2017 e 2019, analista de Planejamento e Orçamento na Prefeitura Municipal de São Gonçalo e analista administrativo na Agência Nacional de Transportes Aquaviários, em Brasília
Em agosto de 2021, Jordy foi condenado pela Justiça do Rio por ter associado o youtuber Felipe Neto ao massacre ocorrido em uma escola de Suzano, em São Paulo. O deputado teve que pagar R$ 35 mil ao influenciador.
Já no início de 2024, Jordy foi alvo de buscas da Polícia Federal em seu gabinete da Câmara no âmbito da Operação Lesa Pátria, que investiga financiadores, participantes e organizadores dos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023. Segundo informações do canal CNN Brasil, a suspeita é que ele tenha ajudado a coordenar ações antidemocráticas no Rio de Janeiro, incluindo bloqueio de rodovias.
No período, o deputado usou as redes sociais para criticar a operação, dizendo se tratar de “uma medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal”.
Em uma coletiva de imprensa após o inquérito desta quinta-feira, Jordy voltou a citar perseguição e negou qualquer irregularidade em contratos.
Sóstenes Cavalcante
Sóstenes Silva Cavalcante nasceu na cidade de Maceió, em 1975, e está no terceiro mandato como deputado federal. Ele é teólogo de formação e líder na igreja evangélica Assembleia de Deus.
Segundo vice-presidente da Câmara, já liderou a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso e a Comissão do Estatuto da Família.
Com histórico de atuação no extinto Democratas e no União Brasil, Sóstenes ganhou projeção nacional como liderança da direita radical ao apresentar um Projeto de Lei que equiparava a prática do aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples. Agora, é favorito para assumir a liderança da bancada do PL na Câmara.
Nesta quinta-feira, disse não ter “nada a temer” com a investigação de seu assessor. “Não faço nada de errado com cota parlamentar e com nenhum ilícito no meu mandato. Quero acreditar que não é perseguição política”, declarou Sóstenes.