A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, a PGR pediu ao Supremo Tribunal Federal a condenação de outros sete investigados, são eles: os ex-ministros Augusto Heleno, Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o deputado federal Alexandre Ramagem e o tenente-coronel Mauro Cid.
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Os denunciados integram o chamado “núcleo de planejamento” da trama, formado por figuras-chave do governo Bolsonaro e das Forças Armadas.
Saiba quem são os aliados abaixo:
Augusto Heleno
General da reserva do Exército, foi ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Durante o governo Bolsonaro, Heleno teve papel estratégico nas relações entre o Planalto e os setores militares, sendo um dos principais conselheiros do presidente em temas de segurança e inteligência.
Walter Braga Netto
Outro general da reserva, Braga Netto foi ministro da Casa Civil e da Defesa, além de candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022. É apontado pela PGR como um dos principais articuladores das tentativas de ruptura institucional.
Paulo Sérgio Nogueira
Também general da reserva, ocupou o cargo de ministro da Defesa no período eleitoral. É acusado de contribuir com a tentativa de desacreditar o sistema eleitoral, especialmente com críticas públicas às urnas eletrônicas.
Anderson Torres
Delegado da Polícia Federal, foi ministro da Justiça e, posteriormente, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Torres foi preso preventivamente no início das investigações e é acusado de omissão e participação ativa na tentativa de golpe, inclusive por manter uma minuta golpista em sua casa.
Almir Garnier
Almirante da reserva e ex-comandante da Marinha, Garnier é apontado como um dos oficiais que teria se mostrado disposto a apoiar uma intervenção militar, caso Bolsonaro a decretasse. A PGR o inclui entre os que atuaram para viabilizar a manutenção do ex-presidente no poder à margem da Constituição.
Alexandre Ramagem
Deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro, Ramagem foi diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. É acusado de usar sua posição para monitorar adversários políticos e alimentar narrativas de fraude eleitoral, fortalecendo os planos golpistas.
Mauro Cid
Tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, ficou conhecido por sua proximidade com o ex-presidente. Cid foi preso por envolvimento na falsificação de certificados de vacinação, mas também é acusado de atuar na articulação do plano golpista, com base em mensagens e documentos encontrados pela PF.
A cronologia da trama golpista