Dick Cheney, o conservador combativo que se tornou um dos vice-presidentes mais poderosos e polarizadores da história dos EUA e arquiteto da “guerra ao terror” morreu aos 84 anos, segundo comunicado divulgado por sua família nesta terça-feira, 4.
Cheney que morreu de complicações de uma pneumonia e doenças cardíacas, enfrentou problemas cardíacos durante décadas e chegou a realizar um transplante de coração.
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Discreto, porém incisivo, Cheney serviu a dois presidentes, pai e filho, liderando as Forças Armadas como secretário de Defesa durante a Guerra do Golfo Pérsico no governo de George H.W. Bush, antes de retornar à vida pública como vice-presidente no governo de George W. Bush.
Quando foi vice, ele defendeu de forma consistente o uso de ferramentas extraordinárias de vigilância, detenção e interrogatório empregados em resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
Em seu mandato, a vice-presidência deixou de ser mero cargo cerimonial. Cheney a transformou numa rede de canais reservados para influenciar políticas sobre Iraque, terrorismo, poderes presidenciais, energia e outros pilares de uma agenda conservadora.
Sua vice-presidência foi também definida pela era do terrorismo e pelo que ficou conhecido como “guerra ao terror”.