Carreira, música na trilha sonora de “Pantanal“, posicionamento político, saudade de Marília Mendonça, sexualidade e polêmica com Gusttavo Lima. Em entrevita à IstoÉ Gente, Roberta Miranda, de 65 anos, que não tem papas na língua, falou abertamente sobre diversos assuntos. Confira abaixo o bate-papo na íntegra!


+ Anéis espetaculares são vistos em torno de buraco negro
+ Mulher nua assusta funcionário de rede de restaurantes dos EUA
+ Garçonete conta como lida com ‘clientes escrotos’ e vira destaque no TikTok

ISTOÉ GENTE: Tem algum projeto novo de trabalho?
Roberta Miranda: Sim! O ano começou com vários projetos saindo do papel, um deles é a nossa versão de ‘Chalana’ que está como trilha sonora da novela “Pantanal”, da TV Globo. Estou trabalhando bastante para os que nos próximos meses tenhamos lançamentos e também estou fechando algumas novidades para dar sequência a minha turnê “My Life”.

ISTOÉ GENTE: Participaria de algum reality show, caso fosse convidada ?
Roberta Miranda: É uma possibilidade que não descarto. Na verdade, já fui até convidada e mais de uma vez, mas, preferi agradecer.

ISTOÉ GENTE: Recentemente, você mostrou uma tatugem que fez na boca, por que escolheu esse lugar?
Roberta Miranda: Para a surpresa de muitos, a minha famosa pinta perto da boca é uma tatuagem. Escolhi esse lugar, pois sempre quando ia posar para as fotos precisava ficar posicionando os fotógrafos sobre o meu melhor lado para os clicks, agora é simples, eu falo que o lado do sinal é o melhor, e ainda por cima, a pinta dá um charme (risos).

ISTOÉ GENTE: Em abril deste ano, você compartilhou sua trajetória e experiência com um grande público de estudantes na Harvard Business School, que a convidou especialmente para apresentar o painel “Instigando a cultura popular” no Brazil Conference 2022, que abordou a importância da música na cultura brasileira, como foi isso?
Roberta Miranda: Participar desse painel em Boston através dos estudantes de Havard foi muito honroso, porque além de estar ali falando da nossa música, principalmente sobre o gênero sertanejo, tive uma grande surpresa, recebi uma premiação através dos governadores de Massachusetts, e também recebi outras citações de outros estados, assim como a chave da cidade. Foi tudo muito lindo, todo esse reconhecimento respeitando o título que o povo e os fãs me deram “Rainha da Música Sertaneja”. Lá, pude relembrar e mostrar a minha trajetória na música e o quanto eu trabalhei, o quanto eu lutei, o quanto que galguei cada passo, para justamente as meninas do sertanejo estarem onde elas estão.

ISTOÉ GENTE: O que acha de alguns famosos se posicionarem politicamente nas redes sociais?
Roberta Miranda: É algo que respeito, pois cada um tem sua opinião. Já fui bastante questionada sobre o meu, convidada para concorrer à cargos públicos, mas, prefiro ficar na minha, pois o meu assunto é música.

ISTOÉ GENTE: Como ficou a sua relação com Gusttavo Lima após a polêmica com o segurança dele?
Roberta Miranda: Não conversamos depois disso.

ISTOÉ GENTE: Em uma entrevista, você afirmou que prefere ser discreta com sua vida particular dizendo que “Ninguém sabe se você é assexuada, bi ou tri”, como vê essa curiosidade das pessoas sobre a sua sexualidade?
Roberta Miranda: Eu acho divertidíssimo! E como já disse em outras oportunidades: quem experimenta de tudo, nunca passa fome (risos).

ISTOÉ GENTE: Em novembro do ano passado você chegou a ser hospitalizada ao saber da morte de Marília Mendonça, como era a ligação de vocês e como vê a falta dela na música sertaneja?
Roberta Miranda: Sim, passei muito mal. Naquele momento, eu já estava passando por situações de muita tristeza, tive muitas perdas, pessoas importantes estavam partindo por conta da Covid-19, e eu não tive tempo de chorar. Eu trabalhava o tempo todo para negar toda a minha dor, quando eu vi ali aquelas primeiras informações sobre a Marília eu não aguentei, meu corpo cobraria se fosse outra pessoa, mas, infelizmente, foi essa artista que eu tanto amo.

ISTOÉ GENTE: Hoje em dia tem muitas cantoras sertanejas, você sendo a precursora, vê qualidade no trabalho delas?
Roberta Miranda: A música é arte, e a arte ela depende do olhar e do coração de quem aprecia. Quem sou eu para dizer ou julgar o trabalho das minhas colegas, independentemente de qualquer coisa, eu respeito a jornada de todas. O que eu posso dizer é que se há pessoas aplaudindo, ovacionando, comprando shows, quem sou eu para ir contra essa maré? Porque a flor está ali e cada um olha de um jeito, a mesma coisa é a música, alguns olham de uma forma e acham que não tem poesia, outros olham e acham que aquilo que está escrito é poesia, e eu só estou aqui para aplaudi-las mesmo.

ISTOÉ GENTE: Gostaria de fazer algum projeto paralelo ao da música?
Roberta Miranda: Sim, na verdade eu já faço há anos projetos paralelos ao mundo musical. Já fiz projetos de educação à distância, que tive o prazer de levar para a Angola, agora estou envolvida com outras iniciativas. Eu sou uma pessoa que já acordo trabalhando e não tenho hora para parar, são anos na batalha. Cama para mim serve para quando o corpo não aguenta mais, a gente encosta e dorme, e eu tenho essa pegada de trabalhar todo dia, toda hora e todo instante (sábado, domingo, feriado, natal, ano novo e aniversário), eu preciso estar em movimento o tempo todo para a minha alma ficar feliz.