Quem é Rogério de Andrade, contraventor preso acusado de mandar matar rival

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Rogério Andrade Foto: Reprodução/ TV Globo

O contraventor Rogério de Andrade foi preso na manhã desta terça-feira, 29, no Rio de Janeiro (RJ), acusado pela morte de Fernando de Miranda Iggnácio, assassinado em 2020 no estacionamento de um heliponto na capital fluminense. Em 2021, o MP (Ministério Público) já havia denunciado o bicheiro pelo crime, mas a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) trancou a ação penal por falta de provas no ano seguinte.

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Rogério de Andrade e Fernando Iggnácio eram respectivamente sobrinho e genro do contraventor Castor de Andrade, que morreu em 1997 em decorrência de um ataque cardíaco. Após a morte do bicheiro, seu “império” foi dividido entre os dois.

O filho de Castor de Andrade, conhecido como “Paulinho”, era considerado o sucessor natural do contraventor, mas foi assassinado um ano após a morte do pai. Rogério Andrade chegou a ser investigado como mandante do crime, mas foi absolvido.

Além dos negócios com contravenções penais, Rogério Andrade também possui envolvimento com a escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, sendo considerado o presidente de honra da entidade.

A disputa pelo espólio do bicheiro travada por Rogério e Iggnácio durou anos e causou várias mortes até o genro de Castor de Andrade ser assassinado a tiros de fuzil em um heliponto no dia 10 de novembro de 2020.

Iggnácio chegou de Angra dos Reis, no sul fluminense, transportado de helicóptero até o heliponto da empresa Heli-Rio, na avenida das Américas, no Recreio dos Bandeirantes. Ele desembarcou do helicóptero e, enquanto caminhava rumo ao próprio carro, foi atingido por disparos de fuzil.

Os criminosos conseguiram fugir, mas a polícia rastreou o trajeto feito pelo veículo durante a fuga e a partir daí identificou os acusados.

De acordo com o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), além de Rogério, Gilmar Eneas Lisboa também é alvo de uma mandado de prisão. Ele é acusado de monitorar a vítima até o momento do crime.

Em 2010, Rogério Andrade foi alvo de um atentado a bomba que o deixou com um ferimento no rosto. Na ocasião, um explosivo foi detonado no veículo em que o contraventor estava, matando seu filho, Diogo Andrade, de 17 anos. O adolescente conduzia o veículo no momento do ocorrido.