O soldado israelense Yuval Vagdani, de 21 anos, deixou o Brasil no fim de semana após ser alvo de uma ação da Justiça Federal do Distrito Federal que pediu a apuração de supostos crimes de guerra cometidos pelo militar estrangeiro na Faixa de Gaza. O Judiciário foi acionado pela ONG (Organização Não Governamental) HRF (Hind Rajab Foundation).
O israelense estaria de férias nas praias do Morro de São Paulo, localidade paradisíaca da Bahia, e foi acusado pela HRF, que atua para responsabilizar o Estado de Israel em supostas violações de direitos humanos, de participar da demolição de casas de civis no Corredor de Netzarim, na Faixa de Gaza.
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Vagdani aparece em filmagens e postagens feitas nas redes sociais plantando explosivos. Em uma publicação no Instagram, o israelense postou imagens de destroços de construções na Faixa de Gaza com o texto: “Que possamos continuar destruindo esse lugar imundo”.
A ação da Justiça usou com base o Estatuto de Roma, acordo internacional que o Brasil assinou e que obriga países a agirem em casos de crimes contra a humanidade, de guerra e de genocídio.
Apesar disso, o programa “CNN Novo Dia” informou que a PF (Polícia Federal) pediu para o Judiciário reconsiderar a abertura da investigação citando que não há elementos suficientes para que um inquérito seja instaurado.
As autoridades entendem que a legislação brasileira não tem tipificação de crime contra a humanidade e não há condenação contra o israelense no TPI (Tribunal Penal Internacional).
De acordo com a rádio oficial do exército israelense, Vagdani deixou o Brasil sob acompanhamento das autoridades de Tel Aviv. Israel alegou que a HRF é uma organização estrangeira que explora “de forma cínica os sistemas legais para fomentar uma narrativa anti-Israel”.
*Com informações da Agência Brasil