08/11/2022 - 10:23
O deputado federal Julian Lemos (União-PB) ganhou destaque nesta semana após afirmar, em entrevista ao podcast “Cast Arretado”, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) bate na primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Na entrevista, o parlamentar disse que o casamento dos dois é “de fachada” e que a primeira-dama não compareceu ao discurso de derrota de Bolsonaro porque “estava toda marcada”.
Atualmente no União Brasil, Lemos já foi vice-presidente nacional do PSL, partido pelo qual ele e o ex-aliado se elegeram em 2018. O empresário do ramo de segurança privada chegou a ser coordenador da campanha de Bolsonaro na região Nordeste e participou da equipe de transição de governo.
No entanto, em 2019, após problemas internos no PSL e desavenças com os filhos do presidente, principalmente Carlos e Eduardo Bolsonaro, Lemos rompeu com o presidente.
Em seu primeiro ano de mandato, o parlamentar agrediu com uma cabeçada o colega de Câmara Expedito Netto (PSD-RO) no plenário da Casa Legislativa. Na época, Netto disse que iria denunciar o colega ao Conselho de Ética da Casa, mas a representação não foi protocolada.
O imbróglio começou quando Lemos deu um empurrão no deputado Edmilson Rodrigues (PSOL-PA). Expedito Netto foi repreender verbalmente o colega do PSL, que reagiu com a cabeçada.
Neste ano, o empresário chegou a trocar farpas pelo Twitter com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), do Rio de Janeiro (RJ), após apoiar a pré-candidatura do ex-juiz Sérgio Moro para a Presidência.
Nas eleições, Julian Lemos concorreu a reeleição, mas teve 36.530 votos, quase 35 mil a menos do que na eleição passada, e, por isso, não foi reeleito. Apesar do salário de R$ 33 mil por mês como deputado federal, o empresário não declarou nenhum bem ao Tribunal Superior Eleitoral.
Conforme reportagem do BuzzFeed, publicada em 2018, o empresário acumula processos trabalhistas movidos por ex-funcionários da empresa de segurança privada da qual ele era sócio. Ainda segundo a reportagem, Julian Lemos já foi acusado por três vezes na Lei Maria da Penha. Duas por agressões à ex-mulher e uma à irmã. Os casos ocorreram entre 2013 e 2016. No entanto, as vítimas retiraram as queixas.
* Com informações da Agência Estado