Heloísa de Carvalho é a única dos 8 filhos de Olavo de Carvalho, morto em 2022, aos 74 anos, que está excluída de seu testamento. 

Com uma visão política distinta do pai, ela chegou a ser filiada ao Partido dos Trabalhadores e sempre confrontou as opiniões do ex-guru da extrema direita brasileira nas redes sociais. Ela e Olavo romperam relações em 2017. 

Heloísa entrou com uma ação em agosto de 2023, onde ela pede a abertura do inventário do filósofo, assim como requer o direito de ser inventariante de seus bens e produções intelectuais.

Em sua conta no X, ex-Twitter, Heloísa afirma que a ação foi aberta no Fórum Central de SP e que ainda aguarda decisão do juiz. 

Histórico de brigas

Heloísa chegou a escrever um livro atacando o pai. Em “Meu pai, o guru do presidente: a face ainda oculta de Olavo de Carvalho”, ela conta sobre a infância e a ausência do pai em sua vida. 

No livro ela acusa o pai de não ter enviado os filhos para a escola e lembra que foi alfabetizada pelo método Mobral. 

Negacionista da covid-19, Olavo teria morrido da doença, de acordo com Heloísa. No dia de sua morte ela publicou a mensagem “Que Deus perdoe ele de todas as maldades que cometeu”. 

Quem ficou com o dinheiro de Olavo?

De acordo com o blog do jornalista Ancelmo Gois, no Globo, a principal beneficiária da herança foi Roxane, a última mulher de Olavo, com quem viveu por 20 anos. Ela ficou com, as duas casas do professor, uma na cidade de Petersburg e outra na cidade de Noth Dinwiddie, ambas na Virgínia. Além disso, ela ficou com 30% dos direitos autorais sobre as obras de Olavo. 

Os dois filhos do casal ficaram com uma parte maior em relação aos irmãos. Leilah e Pedro Luiz de Carvalho garantiram percentuais sobre as residências e 20% sobre os direitos autorais. 

Os demais filhos são beneficiados com frações das receitas sobre as produções intelectuais do ex-bolsonarista: Maria Inês (0,5%), Luiz (0,3%), Davi (0,3%), Tales (0,3%) e Percival (0,3%). Seu irmão Luiz Paulo de Carvalho também ficou com 0,3%.