Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), foi anunciada como a nova ministra de Relações Institucionais do governo Lula nesta sexta-feira, 28. Nome reconhecido no meio político, Gleisi era especulada como uma das protagonistas das mudanças ministeriais marcadas para este ano.
Filiada ao PT em 1989 e presidente desde 2017, a deputada dirigiu o partido em um dos momentos mais delicados dos seus 45 anos de história – durante o avanço da Operação Lava Jato, o impeachment de Dilma Rousseff, a vitória de Jair Bolsonaro e os 580 dias de prisão de Lula.
Na presidência do PT, Gleisi configurou uma postura firme e combativa, considerada por muitos como um modelo “PT raiz”.
O mandato de Gleisi na liderança do partido, porém, seria finalizado ainda em 2025, com novas eleições internas sendo organizadas pela legenda. Aliado a isso, a substituição de Nísia Trindade por Alexandre Padilha (PT) no Ministério da Saúde deixou a pasta de Relações Institucionais à espera de uma nova direção.
A escolha da petista não configura grande surpresa tendo em vista a relação da deputada com o presidente Lula e sua experiência ministerial, mas frustra as expectativas de lideranças do chamado “centrão”, que reúne os partidos mais influentes do Congresso e que, em grande parte, apoiavam o nome de Isnaldo Bulhões (MDB-AL).
No primeiro governo do petista, Gleisi assumiu a Diretoria Financeira da Itaipu Binacional. Já entre 2008 e 2009, presidiu o diretório estadual do PT no Paraná e em 2010 foi eleita senadora pelo estado – alcançando a marca de ser a primeira mulher eleita para o Senado no Paraná. Licenciou-se do cargo de 2011 a 2014 para assumir o Ministério da Casa Civil no primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT).
Segundo nota oficial divulgada pelo governo, a posse de Gleisi está marcada para acontecer no dia 10 de março.