SÃO PAULO, 4 FEV (ANSA) – Um nome até então pouco conhecido ganhou fama nacional durante o fim de semana, com a tensa e tumultuada eleição à Presidência do Senado: Davi Alcolumbre.   

Aos 41 anos, Alcolumbre foi eleito para comandar o Senado pelos próximos dois anos e enfrentou uma acirrada disputa com o veterano Renan Calheiros (MDB).   

Representante do baixo clero, o político é do DEM e cumpre seu primeiro mandato como senador do Amapá. Alcolumbre é um aliado do ministro-chefe Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que também é filiado ao DEM e o qual articulou nos bastidores a campanha para a eleição à Presidência do Senado. A esposa de Lorenzoni, Denise Veberling, trabalha no gabinete de Alcolumbre.   

Casado e pai de dois filhos, Alcolumbre nasceu em Macapá, em 19 de junho de 1977. É o quarto filho do mecânico José Tobelem e da empresária Julia Alcolumbre.   

O novo presidente do Senado começou curso de Ciências Econômicas no Centro de Ensino Superior do Amapá (CEAP), mas não terminou. Sua vida política se inicia quando foi eleito vereador de Macapá, cargo que exerceu por dois anos, de 2001 a 2002, pois acabou sendo eleito como deputado federal.   

Reelegeu-se duas vezes para a Câmara dos Deputados, totalizando três mandatos consecutivos. Nas eleições de 2014, foi eleito senador para um mandato de oito anos. Em 2018, porém, afastou-se do posto para concorrer ao governo de Amapá. Derrotado, voltou ao mandato de senador.   

Como deputado, conseguiu aprovar, em 2009, um projeto de lei para homenagear um tio – Alberto Alcolumbre – dando o nome dele Aeroporto de Macapá. Em 2013, usou verba de gabinete para abastecer seus carros no posto de gasolina Salomão Alcolumbre e cia LTDA, de sua família. O senador também colocou seu irmão Josiel Alcolumbre como seu primeiro suplente na Casa. Ele votou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, pela reforma trabalhista de 2017 e, no mesmo ano, pela volta do senador Aécio Neves às atividades parlamentares, derrubando uma decisão do Supremo Tribunal Federal para afastar o tucano pelos crimes de obstrução de justiça e organização criminosa.   

Alcolumbre também votou, em 2018, pelo reajuste para ministros do STF.   

Na disputa pela Presidência do Senado, venceu com 42 votos. (ANSA)