O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) foi um dos alvos da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela a Polícia Federal nesta quinta-feira, 17. Ao todo, as autoridades cumpriram dez mandados de busca e apreensão expedidos pelas autoridades, que completaram os pedidos no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. O parlamentar afirmou nunca ter apoiado os atos do dia 8 de janeiro, em vídeo publicado nas redes sociais.

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De acordo com o deputado, ele teria sido acordado por volta das seis da manhã em sua residência na cidade de Niterói. Segundo o parlamentar, os agentes das forças de segurança buscavam celulares, dinheiro, e armas na casa.

“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado, associação criminosa e incitação ao crime”, declarou a Polícia Federal.

Quem é Carlos Jordy?

Atualmente, o parlamentar cumpre o segundo mandato de deputado federal, tendo sido reeleito pelas urnas em 2022, com 114.587 votos, no total, menos do que havia recebido em 2018, quando a contagem foi de 204.048. Antes de ir à Brasília, o político foi vereador da cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, município pelo qual é pré-candidato à prefeito na disputa que ocorrerá este ano.

Nas redes sociais, Carlos Jordy, líder da oposição ao governo Lula na Câmara dos Deputados, soma mais de um milhão de seguidores e divulga conteúdo contrário à atual gestão do PT, à esquerda, e também ao STF (Supremo Tribunal Federal). Em 2021, o parlamentar chamou o ministro Alexandre de Moraes de “vagabundo”, após a prisão do ex-deputado Daniel Silveira.

O político já foi condenado a pagar uma indenização ao influenciador Felipe Neto, após o associar ao ataque à escola de Suzano que ocorreu em 2019. Em 2022, Carlos Jordy entrou em polêmica com Carlos Bolsonaro (PL-RJ), após exigir mais esforço da família para eleger parlamentares no Senado e na Câmara dos Deputados.

Durante os atos golpistas de 8 de janeiro, em que Carlos Jordy é acusado de incitar as manifestações, o parlamentar afirmou que a empreitada só poderia ser obra de “esquerdistas infiltrados”, e que as manifestações de direita sempre agiram com pacifismo e civilidade.

Na CPMI do 8 de janeiro, Rodrigo Duarte Bastos, um assessor de Carlos Jordy, envolveu-se em um tumulto após a aprovação do relatório que pedia a responsabilização criminal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outras 60 pessoas. Durante a confusão, o funcionário do parlamentar derrubou um celular na cabeça da senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), após levar um tapa do deputado Rogério Correia (PT-MG).

Na ocasião, o parlamentar afirmou que iria demitir o funcionário, mas voltou atrás após afirmar que, por meio de imagens, foi possível definir que o homem não agrediu ninguém. Rodrigo Duarte Bastos já foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por espancar um pastor. O assessor também é acusado de ter atropelado o cachorro da própria vizinha.