A cineasta brasileira Barbara Marques teria sido detida pelo Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos (ICE) depois de comparecer a uma audiência em Los Angeles, há cerca de duas semanas, relacionada ao pedido de green card — documento que garante residência permanente no país norte-americano.
O relato foi feito pelo marido de Barbara, o americano Tucker May, em suas redes sociais. O casal oficializou a união em abril deste ano.
Barbara Marques é reconhecida por seus curta-metragens, entre eles Dia de Cosme e Damião (2016), Cartaxo (2020) e Basement (2021). Ela iniciou a carreira como atriz na peça O Santo e a Porca, de Adriano Suassuna, e posteriormente se especializou em teatro e cinema no Rio de Janeiro, antes de se mudar para Los Angeles para aprofundar seus projetos cinematográficos.
Segundo Tucker May, Barbara foi detida pelo ICE cerca de uma semana e meia atrás, durante uma reunião programada sobre o green card.
“Após uma reunião que nos disseram ter sido bem-sucedida, um policial usou a desculpa de uma copiadora quebrada para afastá-la do nosso advogado. Uma vez separada, ela acabou sendo presa. O motivo apontado foi uma audiência judicial de 2019, da qual minha esposa nunca recebeu notificação”, escreveu ele no Instagram.
May também denunciou que o centro de detenção de Adelanto estaria dificultando a comunicação da cineasta com seu advogado e atrasando a entrega de documentos enviados por correio.
Nesta segunda-feira (29), o marido afirmou que Barbara ainda não havia sido liberada e que estaria recebendo “tratamento desumano” em relação à alimentação, ao sono e à assistência médica, apagando o post cerca de uma hora depois.
“Agora sabemos onde ela se encontra: em um campo de detenção na Louisiana. Após quase três dias de viagem algemada, enfrentando longos períodos sem comida ou água e praticamente sem dormir, ela não teve acesso a uma cama nesta unidade”, detalhou.
“Enquanto escrevo, ela tenta dormir no chão. Além disso, o tratamento para um problema nas costas está sendo negado, apesar de haver um documento oficial de uma unidade administrada pela mesma empresa confirmando que ela necessita desse cuidado”, completou May.
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