O presidente Jair Bolsonaro (PL) citou o nome de Alysson Paolinelli em seu discurso na abertura da sessão de debates da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York, nos EUA, nesta terça-feira (20).

Aos 86 anos, o ex-ministro da Agricultura foi indicado ao prêmio Nobel da Paz deste ano. De acordo como informações da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), o diretor Durval Dourado Neto apresentou a indicação de Alysson Paolinelli ao Comitê Norueguês do Nobel no último dia 30 janeiro.

Conforme a Esalq, foram reunidas 183 cartas de apoio de organizações representando 78 países. “Mais de 50% desse apoio veio de instituições ligadas a ciência, pesquisa e desenvolvimento, educação e cooperação internacional. A indicação foi assentada em um dossiê reunindo documento técnico e cartas de apoio, no total de 463 páginas”, diz um texto divulgado pela instituição.

Essa não é a primeira vez que Paolinelli é indicado ao prêmio, em 2021, a instituição também indicou seu nome. Na ocasião, foram reunidas 119 cartas, representando 24 países. No entanto, os vencedores daquele ano foram os jornalistas Maria Ressa e Dmitry Muratov.

Formado em Agronomia, pela Escola Superior de Agronomia de Lavras (Esal), Alysson Paolinelli é tido como um dos responsáveis pela introdução de novas tecnologias no campo, que contribuíram para o aumento da produção agrícola brasileira.

Em 1971, ele trabalhou na Secretaria de Agricultura de Minas Gerais. Na época, o estado foi considerado o maior produtor de café do Brasil.

Cerca de três anos depois, Paolinelli aceitou ser ministro da Agricultura durante a ditadura militar no governo Geisel. Nesse período, ele foi responsável pela modernização da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pelo desenvolvimento da agricultura e pecuária no cerrado. Paolinelli também trabalhou como professor e foi deputado federal constituinte.

Atualmente, ele é presidente do Instituto Fórum do Futuro, que se descreve como um “grupo de reflexão independente, voltado para o debate de questões estruturantes da sociedade brasileira, a partir perspectiva do desenvolvimento sustentável”.

* Com informações das agências Câmara e Senado