A empresária Samira Monti Bacha Rodrigues, de 40 anos, foi presa durante a “Operação Dubai”, sob suspeita de desviar cerca de R$ 35 milhões de três empresas e levar o dinheiro, convertendo-o em itens de luxo, viagens internacionais e joias.

A mulher foi localizada e detida no apartamento dela, avaliado em R$ 6 milhões, localizado em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, Minas Gerais. Ao todo, a Polícia Civil cumpriu cinco mandados de prisão temporária e outros 17 de busca e apreensão.

Segundo a Polícia Civil, o caso veio à tona depois que um funcionário de uma empresa descobriu a fraude e denunciou o ocorrido a um dos sócios, que acionou a corporação.

As investigações apontaram que a empresária seria a mentora intelectual do esquema e teria cooptado funcionários para falsificar documentos, planilhas, informações e saldos bancários, resultando no desvio de aproximadamente R$ 35 milhões.

Quem é a empresária?

Há suspeita de que a empresária tenha começado a cometer fraudes em 2020, dois anos após se tornar uma das proprietárias de uma administradora de cartões de benefícios.

Na Receita Federal, ela aparece como sócia de quatro empresas de soluções financeiras e investimentos, uma consultoria e uma joalheria. Ela supostamente se aproveitava da sua posição para cometer os golpes.

Para mascarar o dinheiro, segundo a Polícia Civil, a empresária comprava bens, artigos de luxo e chegou a gastar US$ 148 mil (cerca de R$ 817 mil) em joias, em Dubai.

“Em um primeiro momento, a suspeita teria devolvido ao grupo cerca de R$ 4 milhões de bens de alto valor, além de R$ 800 mil por meio de Pix, após ser confrontada pelas vítimas. Posteriormente, a mulher passou a negar o crime e ocultar o restante desviado, além de coagir testemunhas relacionadas com a investigação”, finalizou a corporação.