Após o fim da prisão domiciliar, Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), voltou a se comunicar por meio de aplicativos de mensagem no celular. Porém, ele está priorizando aplicativos que permitem a destruição automática de mensagens como o “Signal” e o “Telegram”.

Fabrício conseguiu no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) o fim da prisão domiciliar que vigorava desde julho de 2020. Queiroz foi apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como operador de um esquema de devolução de salário que existia no gabinete do filho primogênito do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

De acordo com o UOL, o ex-assessor de Flávio baixou os novos aplicativos no último sábado (10). A opção pela forma de se comunicar por mensagens que podem ser destruídas aconteceu também após a família de Fabrício ser alvo de busca e apreensão em dezembro de 2019.

Na ocasião, foram obtidas mensagens trocadas entre a família. Algumas delas chegaram a fazer parte das provas apresentadas para o pedido de prisão de Queiroz. No conteúdo, Márcia Aguiar, esposa de Fabrício, reclamava que o ex-assessor seguia fazendo indicações políticas para cargos e chegou a compará-lo a um bandido “que tá preso dando ordens aqui fora, resolvendo tudo”.

Contudo, o STJ decidiu anular as quebras de sigilo que tinham sido autorizadas em primeira instância para a investigação do caso, as provas obtidas a partir dos celulares ainda terão sua validade discutida. O MP-RJ recorreu e aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).