Por videoconferência e 19 meses depois da primeira convocação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), o ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) prestou depoimento na última quarta-feira (15).

O subtenente da Polícia Militar do Rio é investigado no caso em que é suspeito de liderar um esquema de “rachadinha” no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Em prisão domiciliar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), Queiroz participou da outiva para os promotores do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc). Entretanto, permaneceu em silêncio.

Além do ex-assessor, a esposa de Queiroz, Márcia Aguiar, também permaneceu calada durante o depoimento.

Por nota, a defesa de Queiroz afirmou que “não pode comentar nada sobre depoimento sigiloso”. O MP disse, por nota, que “as investigações continuam sob sigilo, razão pela qual não é possível fornecer informações”, disse o advogado Paulo Emílio Catta Preta.

Apesar deste ser o primeiro depoimento do ex-assessor ao MP, ele já tinha se manifestado por escrito sobre o caso. No documento, Queiroz admite que ficava com parte dos salários de alguns assessores. O motivo alegado era que a quantia era usada para contratar outros funcionários fora do gabinete, sem o registro no Legislativo estadual do Rio, o que é proibido. Fabrício chegou a dizer que forneceria uma lista com os nomes dos assessores, mas, até o momento, não entregou.

Flávio Bolsonaro prestou depoimento sobre no último dia 7 de junho, também por videoconferência. O caso que tramitava na primeira instância da Justiça do Rio foi transferido para Órgão Especial do Tribunal de Justiça do estado após o TJ conceder foro privilegiado ao senador.