O ex-assessor Fabrício Queiroz teria comprado móveis no valor de R$ 50 mil, em uma loja no Rio de Janeiro, quando já frequentava a casa onde foi encontrado em Atibaia (SP). As informações foram obtidas pela TV Globo.

Segundo o Ministério Público do Rio, o objetivo da compra foi ocultar seu real paradeiro, caso fosse surpreendido por uma operação policial em casa. Além disso, o valor gasto com a mobília seria cerca de cinco vezes maior do que os rendimentos dele. Já que sua renda como policial militar aposentado é de R$ 11 mil mensal.

De acordo com a reportagem, o contrato com a loja aponta que as quantias foram parceladas e pagas parte em dinheiro e parte em boletos. A entrada foi de R$ 30 mil, mas não é possível saber a forma de quitação.

Ao realizar a compra, Queiroz informou à loja que o seu endereço atual era na rua Frei Luiz Alevato, na Taquara. Os móveis foram entregues no apartamento onde atualmente Queiroz e a mulher cumpre prisão domiciliar.

Dez dias após a compra, no dia 15 de julho, a defesa de Queiroz também informou ao MPRJ que ele estava morando na rua Frei Luiz Alevato. Um conta de luz de junho de 2019 foi anexado ao processo.

No entanto, o Ministério Público considera as provas “falsas”. De acordo com os promotores, ao menos desde agosto de 2019, Queiroz já frequentava o imóvel em Atibaia que pertence ao advogado Frederick Wassef.

Para o MP-RJ, “enquanto sua defesa omitia dos autos seu paradeiro e alegava problemas de saúde que o impediriam de depor, Fabrício Queiroz escondia-se na cidade paulista de Atibaia”. O advogado Paulo Klein, que defende Queiroz, negou à reportagem que tenha passado informações falsas ao MP-RJ.