A província canadense de Quebec se converteu no mais recente epicentro dos 160 incêndios que ainda atingem o país nesta terça-feira (6), a maioria fora de controle.

Na região de Abitibi-Temiscamingue, a mais afetada da província, mais de 650 quilômetros ao norte de Montreal, os incêndios que atingiram as explorações mineradoras e florestais são “preocupantes”, declarou o primeiro-ministro do Quebec, François Legault.

“Estamos experimentando uma situação nunca antes vista… em toda Quebec”, advertiu François Bonnadel, ministro de Segurança Pública da província, ao apontar que um alto número desses incêndios são provocados por descuidos humanos.

“No oeste do Canadá costuma haver muitos incêndios florestais. Em Quebec, não”, aponta. “Mas agora mesmo tudo está ardendo” em chamas.

Aproximadamente 4.400 evacuados puderam retornar às suas casas na cidade de Sept-Îles, graças às chuvas que ajudaram a deter o avanço das chamas.

“Estamos muito, muito felizes de ver chover”, declarou Legault em coletiva de imprensa.

Porém, mais ao norte, há “um enorme incêndio que demorará semanas para se extinguir por completo, por isso devemos manter a cautela”, acrescentou.

Nos últimos anos, o Canadá se viu afetado repetidamente por fenômenos meteorológicos extremos, cuja intensidade e frequência aumentaram devido ao aquecimento global.

Após os grandes incêndios registrados em maio no oeste do país, sobretudo nas províncias de Alberta e Saskatchewan, a luta contra o fogo se deslocou, nas últimas semanas, para a Nova Escócia, na Costa Atlântica, e Quebec.

Dezenas de incêndios seguem ocorrendo no o oeste do país: 62 em Alberta; 76 na Colúmbia Britânica, na parte ocidental, e 24 em Saskatchewan.

Quebec, por sua vez, registrou 424 incêndios florestais desde o degelo da primavera, mais do que o dobro da média anual da última década.

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