Apesar de ter voltado ao topo da lista dos homens mais ricos do mundo na última semana, Elon Musk ficou chateado. Uma juíza do estado de Delaware anulou um acordo entre o empresário e a Tesla, sua companhia de carros elétricos, que lhe pagaria um pacote de remuneração no valor de US$ 55 bilhões — quase R$ 300 bilhões. A magistrada afirmou que o repasse correspondia a uma “soma inexplicável” e que aprová-lo seria uma injustiça com os outros acionistas.

As ações da Tesla despencaram.

Na verdade, elas já vinham caindo há algum tempo, não só por decisões estapafúrdias de Musk, mas também graças ao seu comportamento errático e instabilidade emocional. Revoltado, Musk reagiu como um garoto mimado que não gosta de ser contrariado: “Nunca registre sua empresa no estado de Delaware”. Detalhe: ele fez o comentário no X, o antigo Twitter, rede social que comprou há pouco mais de um ano por US$ 44 bilhões e que hoje vale menos de um terço dessa quantia. Por quê? Porque ele fez, falou e postou tanta bobagem, que espantou os usuários e anunciantes da plataforma.

As informações seriam exibidas na TV, com neurocientistas analisando os pensamentos diante de um auditório. Seria um programa interessante

Os diretores que tentaram aprovar o pacote, todos grandes amigos íntimos dele, justificaram a decisão dizendo que o valor serviria para garantir que o empresário continuaria a se dedicar à Tesla, uma vez que ele possui outros negócios que demandam sua atenção. Dizem que pretendia injetar o montante em outra empresa, a SpaceX, com o objetivo de “levar a humanidade para Marte”. Ainda lhe sobrou tempo para anunciar um avanço revolucionário em outra de suas iniciativas: a Neuralink, voltada à ciência, implantou pela primeira vez um chip no cérebro de um ser humano.

Tem tanta coisa acontecendo na vida do bilionário que fica difícil acompanhar. Por isso, queria sugerir uma ideia. Deposita-se o dinheiro da Tesla em sua conta e, em contrapartida, o mundo ganha o direito de instalar um chip no cérebro de Elon Musk. Assim, poderíamos nos antecipar às suas ações e nos preparar da melhor forma. As informações geradas pelo chip seriam exibidas na TV, com neurocientistas analisando seus pensamentos diante de um auditório. Tenho certeza de que seria um programa interessante. Pelo menos entenderíamos melhor as razões que fazem alguém com tanto dinheiro se preocupar tão pouco com a vida dos outros sete bilhões de habitantes que vivem no mesmo planeta.