Quatro dos 17 militares equatorianos que foram presos no domingo em meio a protestos de indígenas contra o aumento do diesel foram liberados, informou o Exército nesta terça-feira (30).
Há uma semana, os indígenas marcham e bloqueiam estradas contra um decreto do presidente Daniel Noboa que eliminou o subsídio ao diesel, cujo preço por galão (3,8 litros) subiu 56%.
O principal foco dos protestos está na província andina de Imbabura (norte), onde no domingo confrontos violentos entre manifestantes e forças públicas deixaram um indígena morto, além de 12 soldados feridos e outros 17 retidos, segundo as autoridades.
“Pessoal militar foi liberado”, indicou a instituição em um grupo de WhatsApp com jornalistas, no qual disse que os quatro soldados foram libertados na segunda-feira, mas sem fornecer mais detalhes.
O Exército informou que “com os organismos competentes, estão sendo realizados os procedimentos legais, exames médicos (nos agentes) e revisão do material bélico” entregue junto aos quatro “liberados”.
Acrescentou que “depois destes procedimentos, os 4 militares serão entregues ao Exército”.
Na segunda-feira, o líder da maior organização indígena do Equador, Marlon Vargas, distanciou-se da prisão dos 17 agentes, que segundo o governo foram “sequestrados”.
“Nós não somos povos que sequestram. Não somos pessoas que praticam extorsão expressou o líder da Conaie em uma coletiva de imprensa em Quito. Ele assegurou que a acusação de sequestro é um “pretexto” do Executivo para “entrar no território (indígena), assassinar, fuzilar”.
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