Quatro jornalistas palestinos morreram, nesta terça-feira (10), em bombardeios israelenses contra a cidade de Gaza, informaram sindicatos da categoria e autoridades, no quarto dia de conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas.

Essas mortes elevam para oito o número de jornalistas palestinos mortos nos combates desde sábado, informou o Sindicato Palestino de Imprensa em um comunicado.

Mais cedo, o Sindicato de Jornalistas de Gaza havia anunciado “o martírio de três jornalistas da Faixa de Gaza na agressão israelense em curso”.

O Gabinete de Imprensa de Gaza, controlado pelo movimento islamita Hamas, que governa este território, informou que três dos falecidos são Said al Taweel, diretor da agência de notícias Al-Khamisa; o fotógrafo Mohammed Sobboh; e Hisham Nawajhah, correspondente de uma agência de notícias local.

Estes três jornalistas morreram em um bombardeio, enquanto cobriam a evacuação de um prédio residencial perto do porto de pesca da Cidade de Gaza, afirmou o diretor do Gabinete de Imprensa de Gaza, Salameh Maarouf, que condenou o “comportamento criminoso de Israel com os jornalistas”.

Os repórteres se afastaram várias dezenas de metros do edifício depois de um morador ter recebido um telefonema do Exército israelense, pedindo a eles que evacuassem o local, devido a um ataque iminente, informou um correspondente da AFP.

Segundo testemunhas, o ataque israelense atingiu outro edifício, mais perto de onde estavam os jornalistas.

O sindicato de imprensa informou depois que a diretora do comitê de mulheres repórteres, Salam Khalil, morreu junto com o marido e os filhos, quando sua casa no norte da Faixa de Gaza foi atingida por um bombardeio israelense “traiçoeiro”.

O jornalista Asad Shamlakh morreu no domingo, segundo um comunicado da assessoria de imprensa, que acrescentou que dois cinegrafistas estão desaparecidos e outros dez profissionais ficaram feridos.

Outros três jornalistas morreram no sábado, de acordo com um comunicado de imprensa palestino e do Comitê para a Proteção dos Jornalistas, com sede em Nova York.

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas, que garante a segurança dos profissionais de comunicação, identificou os falecidos na segunda-feira como sendo o fotógrafo Ibrahim Mohammad Lafi, o repórter Mohammad Jarghoun e Mohammad El-Salhi.

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