Quatro anos depois da pior humilhação do futebol brasileiros, com a goleada de 7 a 1 contra a Alemanha na Copa do Mundo de 2014, e a prisão e afastamento de dirigentes da CBF, a seleção brasileira bate recorde de patrocínios.

Em 2014, com um Mundial em casa e numa situação econômica ainda estável, a CBF arrecadou US$ 359 milhões (cerca de R$ 1,1 milhão em valores atuais) com patrocínios.

Hoje, quatro anos depois e mesmo depois de uma forte recessão, a renda já supera a marca de meio bilhão de reais. Em 2016, pelos números oficiais da entidade, o valor arrecadado com o marketing já havia sido de R$ 410 milhões. Fontes da CBF confirmaram ao Estado que, em 2017, esse valor superou a marca de R$ 500 milhões e deve se manter no mesmo nível em 2018.

Parte do motivo para a manutenção dos parceiros foi o papel que a seleção representa em termos nacionais e a força da marca. Mas pessoas envolvidas nas negociações admitiram que a boa campanha nas Eliminatórias e a presença de Tite ajudou a reforçar a atratividade pelo time.

Uma das estratégias ainda foi a de blindar a seleção, fazendo uma clara separação entre a crise vivida pela direção da CBF e os resultados em campo.

Além dos patrocinadores, a CBF ainda criou desde dezembro de 2017 um programa de licenciamento de produtos. Em apenas três meses, já certificou no mercado 200 produtos, o que deve abrir uma nova fonte de renda. Até hoje, os contratos de licença de produto estavam nas mãos da Nike, que não os implementou. A CBF, portanto, recuperou os direitos e passou a aplicá-los.

A expansão dos negócios permitiram que a CBF até mesmo se aproxime dos volumes arrecadados pelo marketing da Alemanha, atual campeã do mundo. Em 2017, a DFB, a Federação Alemã de Futebol, atingiu R$ 496 milhões com patrocinadores.