Quatro adolescentes foram condenados a penas entre oito e dez anos de prisão por um caso de abuso sexual em um seminário na Venezuela, informou o Ministério Público nesta segunda-feira (26).

Dois menores de 17 anos foram condenados a dez anos de prisão “pela responsabilidade no abuso sexual cometido contra um jovem de 14 anos” no Seminário Diocesano Santo Tomás de Aquino, no estado de Táchira (oeste, fronteira com a Colômbia), enquanto outros dois, de 17 e 16 anos, deverão cumprir oito anos de reclusão pela “cooperação” no crime, segundo a nota do Ministério Público.

A denúncia foi apresentada no dia 3 de junho pela própria instituição de formação católica. Os quatro condenados, assim como a vítima, eram estudantes do centro.

A mãe da vítima levou o caso às autoridades do seminário, salientando que o seu filho havia sido “objeto de ameaças, ataques físicos e abusos sexuais por parte de vários estudantes de bacharelato”, incluindo um “sobrinho do vice-reitor”, segundo o MP.

“Depois de receber a denúncia e pesar a gravidade dos fatos (…), a direção do seminário apresentou a denúncia ao Ministério Público”, indicou em comunicado a Diocese de San Cristóvão, capital de Táchira.

“Repudiamos este episódio constrangedor (…). O seminário continuará cumprindo a sua missão de formar os seus alunos nos valores cristãos e cívicos”, sublinhou.

Os quatro adolescentes permanecem detidos desde então.

A Igreja Católica venezuelana foi epicentro de um escândalo de abusos sexuais em julho de 2022, após uma investigação publicada pelo jornal americano The Washington Post que denunciou a restituição de padres condenados.

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