22/12/2020 - 14:32
ROMA, 22 DEZ (ANSA) – Uma pesquisa feita pelo Instituto Superior de Saúde (ISS), órgão ligado ao governo da Itália, mostrou que 67% dos italianos – ou duas pessoas a cada três – estão dispostos a tomar a vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2. O percentual é ainda maior quando consideradas apenas as pessoas acima dos 64 anos (84%) ou os jovens entre 18 e 34 anos (76%).
Já os menos interessados são aqueles que têm entre 35 a 49 anos: apenas 59% disseram sim para a vacinação.
A análise foi realizada entre agosto e novembro com 2,7 mil entrevistados. “Os resultados dessa pesquisa mostram um comportamento responsável dos italianos”, pontuou o presidente do ISS, Silvio Brusaferro.
O levantamento também fez outras segmentações sobre a vacina anti-Covid que mostraram que a disposição para a imunização é maior entre as pessoas com ensino superior (71%) do que as que têm apenas ensino médio (56%) e também é maior entre quem informou não ter dificuldades econômicas (69%) do que quem disse que a situação é ruim (63%).
Por gênero, as mulheres têm mais disposição para tomar a vacina (74%) do que os homens (60%).
“Esses dados encorajam a pensar na boa adesão de toda a população para uma eventual campanha de vacinação contra o Sars-CoV-2, mesmo que haja uma cota considerável de adultos que diz não estar disposta a se vacinar (33%)”, acrescentou Brusaferro.
O líder do ISS, no entanto, acredita que esse percentual pode ter aumentado agora em dezembro porque “os dados foram recolhidos, em grande parte, nas semanas precedentes à divulgação das notícias sobre as vacinas em produção”.
“Aqui não podemos excluir que, com a maior disponibilidade de informações sobre as vacinas, sobre as suas características e eficácia, sobre a sua comercialização, e as modalidades como tais informações vão sendo veiculadas não possam produzir mudança de comportamentos na propensão dos cidadãos”, complementa.
A Agência Italiana de Medicamentos (Aifa) autorizou nesta terça-feira a sua primeira vacina contra a Covid-19 para aplicação geral. (ANSA).
