A Rússia é uma das participantes da corrida espacial. Depois de quase 50 anos, o país vai voltar ao nosso satélite natural – mas as pessoas ficam em terra.

O Luna-25 será o protagonista da primeira viagem da Roscosmos à Lua desde 1976. A agência russa anunciou que lançará, na sexta-feira (11), uma missão, de modo a recolher dados científicos.

Embora pretenda levar humanos à Lua, assim como planejam outras potências e agências espaciais, desta vez, a missão russa será robótica e não incluirá tripulação humana.

Rússia está de regresso à Lua

Na sexta-feira, o módulo Luna-25 vai descolar, a bordo do foguete Soyus, com destino ao Pólo Sul da Lua, para uma missão que durará duas semanas. Durante esse período, os instrumentos da Roscosmos recolherão amostras do solo do Pólo Sul lunar, para servirem de base a futuras viagens espaciais.

A escolha do destino não foi à-toa: os especialistas acreditam que a região contém reservatórios de água, um recurso vital para a habitação humana a longo prazo. Aliás, o plano passa por recolher amostras de rocha e escavar em profundidade para, eventualmente, detectar gelo.

Na sexta-feira, a missão será lançada a partir do Vostochny Cosmodrome, na Rússia. No momento do lançamento, os habitantes de Shakhtinsky, no extremo oriente russo, serão evacuados das suas casas e levados para um local a partir do qual poderão assistir ao evento. Segundo representantes da Roscosmos, existe “uma hipótese em um milhão” de fragmentos do Luna-25 caírem nessa região.