"BombasAcompanhe em tempo real os últimos acontecimentos do conflito entre Israel e o Hamas.Mais de uma semana após ter sofrido o ataque mais brutal em seu território em cinco décadas, Israel aperta o cerco contra a Faixa de Gaza, enclave controlado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas. Suas Forças Armadas se preparam para um "ataque integrado e coordenado por ar, mar e terra".

Neste domingo, esgotou o prazo estipulado por Israel para que os palestinos deixassem a região norte do enclave em direção ao sul, antes do lançamento da ofensiva. Ao longo de uma semana, mais de 1 milhão de pessoas já se deslocaram em Gaza, segundo a ONU.

Médicos e a ONU alertaram nesta segunda-feira (16/10) que milhares podem morrer nas próximas horas em hospitais superlotados, ameaçados por falta de mantimentos e eletricidade. Só há combustível para alimentar os geradores elétricos para mais 24 horas.

Ao todo, mais de 2,3 milhões vivem em condições precárias em Gaza, uma estreita faixa que se estende por cerca de 40 quilômetros ao longo do Mar Mediterrâneo e faz fronteira com Israel ao norte e a leste, e com o Egito ao sul.

A ofensiva das forças israelenses ocorre em reação aos atentados brutais perpetrados pelo Hamas em 7 de outubro, que deixaram mais de 1.400 mortos em cidades fronteiriças israelenses e em um festival de música. Por outro lado, a campanha de retaliação dos militares israelenses já matou mais de 2.670 na Faixa de Gaza.

Acompanhe os principais acontecimentos do conflito entre Israel e o Hamas:

Hamas: 2.750 mortos, 9.700 feridos por ataques em Gaza
Israel: 199 foram sequestrados pelo Hamas
ONU: "Oriente Médio à beira do abismo"

Mais de 160 estrangeiros mortos em Israel
Dezenas de cidadãos estrangeiros foram assassinados, feridos ou tomados como reféns desde os ataque de 7 de outubro do Hamas em Israel.

Autoridades de diferentes países relataram ao todo mais de 160 vítimas dos atos de violência, muitas das quais eram pessoas que também tinham cidadania israelense.

O Departamento de Defesa dos EUA informou a morte de a menos 30 americanos desde os ataques, sendo que 13 cidadãos estão desaparecidos. O número de reféns americanos ainda é incerto.

O ministério do Exterior da França informou que 19 franceses morreram e 13 ainda estão desaparecidos. A Rússia relatou 16 mortos e 8 desaparecidos, sendo que ao menos um russo com cidadania israelense foi tomado como refém.

A Argentina informou que sete de seus cidadãos morreram em Israel e outros 15 ainda estão desaparecidos. O governo do Reino Unido confirmou a morte de seis britânicos, sendo que o paradeiro de outros dez ainda é desconhecido.

No Brasil, o Itamaraty confirmou as mortes de três brasileiros: Karla Stelzer, de 42; Bruna Valeanu, e Ranani Glazer, ambos de 24 anos.

O total de mortos do lado israelense já é de mais de 1,4 mil, contra 2.750 na Faixa de Gaza.

rc (AFP)

Scholz visitará Israel nesta terça-feira
O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, viajará a Israel nesta terça-feira para manifestar sua solidariedade ao país, após o sangrento ataque do movimento islâmico palestino Hamas, conforme divulgado nesta segunda-feira (16/10) pela imprensa alemã e a israelense.

Vários meios de comunicação alemães, como o jornal Bild e a rede de televisão N-TV, informaram sobre a viagem, citando fontes governamentais.

Esta será a primeira visita de um chefe de governo estrangeiro ao país desde o início das hostilidades entre Israel e o Hamas, há 10 dias.

md (AFP, ots)

Blinken volta a Israel para continuar mediação
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegou ao aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv nesta segunda-feira (16/10), na sua segunda visita a Israel desde o início do conflito com o Hamas, quando deverá mediar uma pausa temporária nos combates, para permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Blinken chegou a Israel vindo do Egito, após uma intensa viagem pelo Oriente Médio. A turnê, que incluiu a passagem por seis países e encontros de alto nível em Arábia Saudita, Egito e Jordânia, foi focada na mediação do conflito, que eclodiu há 10 dias, após o ataque a Israel pelo Hamas, que matou mais de 1.400 israelenses e fez 199 reféns, que foram levados para a Faixa de Gaza.

md (EFE, AP)

Cerca de 2.750 morreram em ataques de Israel em Gaza, diz Hamas
Cerca 2.750 pessoas morreram devido aos ataques de Israel na Faixa de Gaza, segundo um balanço atualizado publicado nesta segunda-feira (16/10) pelo Ministério da Saúde do Hamas – movimento islâmico no poder neste território palestino, classificado como terrorista pela União Europeia (UE). os Estados Unidos e alguns países árabes.

A ofensiva israelense, em retaliação ao ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro, continua em Gaza e também deixou “mais de 9.700 feridos”, segundo o ministério do Hamas.

md (AFP, Reuters)

Israel diz que 199 reféns foram levados pelo Hamas para Gaza
Os militares israelenses disseram nesta segunda-feira (16/10) que 199 reféns foram capturados e levados para Gaza pelo movimento islâmico palestino Hamas, um número superior ao estimado anteriormente.

Israel havia dito no domingo que 155 reféns estavam sendo mantidos em cativeiro.

Daniel Hagari, porta-voz militar israelense, disse que as famílias dos reféns foram notificadas. Os reféns foram feitos depois que o Hamas realizou ataques terroristas contra Israel no dia 7 de outubro.

"Os esforços em relação aos reféns são uma prioridade nacional", disse Hagari. "O Exército e Israel estão trabalhando sem parar para trazê-los de volta."

md (AFP, EFE)

Israel anuncia retirada de civis na fronteira com o Líbano
Israel anunciou nesta segunda-feira a retirada dos habitantes das cidades ao longo de sua fronteira norte com o Líbano. O anúncio ocorre após militares israelenses terem fechado a área depois de confrontos com o Hisbolá terem deixado cinco mortos na região.

Em comunicado conjunto, o Ministério da Defesa e o Exército de Israel anunciaram "a implementação de um plano para evacuar os habitantes do norte de Israel que vivem a menos de dois quilômetros da fronteira libanesa para alojamentos financiados pelo Estado". O plano é remover os habitantes de 28 assentamentos.

No domingo, o Exército israelense declarou como zona de exclusão uma faixa de quatro quilômetros ao longo de sua fronteira com o Líbano, em reação a ofensivas repetidas da milícia pró-iraniana Hisbolá.

md (EFE, AFP, Reuters)

Biden alerta Israel que ocupar Faixa de Gaza seria "grande erro"
O presidente dos EUA, Joe Biden, alertou Israel que ocupar a Faixa de Gaza seria um “grande erro”, embora tenha defendido o direito do Estado judeu de entrar no enclave palestiniano para "eliminar os extremistas" do grupo islâmico Hamas.

As declarações de Biden, feitas numa entrevista transmitida neste domingo pela CBS, representam sua primeira tentativa pública de tentar conter a retaliação implementada por Israel contra a Faixa de Gaza desde o ataque do Hamas em 7 de outubro.

Até agora, Biden vinha reafirmando seu apoio inabalável a Israel e evitou criticar o Estado judeu pelo bloqueio imposto a Gaza, que impediu a entrada de água, alimentos e medicamentos desde o ataque do Hamas, apesar dos alertas da ONU sobre a possibilidade de uma crise humanitária.

Contudo, na entrevista, o presidente americano expressou relutância quanto a uma ocupação em grande escala da Faixa de Gaza.

Biden disse ainda que, embora o Hamas deva ser eliminado, também deve haver um caminho traçado para um Estado palestino.

md (EFE, ots)

"Oriente Médio à beira do abismo", alerta ONU
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o Oriente Médio está “à beira do abismo”, apelando ao grupo militante islâmico Hamas para libertar imediatamente os reféns. Guterres também afirmou que o acesso humanitário à Faixa de Gaza é urgentemente necessário.

"Para o Hamas, os reféns devem ser libertados imediatamente sem condições. Para Israel, o acesso rápido e desimpedido à ajuda humanitária deve ser concedido para o bem dos civis em Gaza", disse Guterres em comunicado.

“Cada um destes dois objetivos é válido por si só. Não devem se tornar moeda de troca e devem ser implementados porque é a coisa certa a fazer”, acrescentou. “Gaza está ficando sem água, eletricidade e outros mantimentos essenciais.”

Guterres disse que a ONU tem alimentos, água, itens não alimentares, suprimentos médicos e combustível prontamente disponíveis no Egito, na Jordânia, em Israel e na Cisjordânia, que poderiam ser distribuídos a Gaza "dentro de horas" se a equipe pudesse transportar os produtos com segurança e sem impedimentos.

Hospitais podem colapsar em 24h

Enquanto isso, os hospitais na Faixa de Gaza só têm combustível para mais 24 horas. Isto significa que milhares de pacientes estão em risco, disse nesta segunda-feira (16/10) o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês).

Médicos em Gaza alertaram que milhares de pessoas podem morrer nos hospitais, que estão sobrecarregados de feridos, devido à escassez de suprimentos básicos e ao esgotamento do combustível, o que pode causar o desligamento dos geradores de eletricidade.

O enclave costeiro de Gaza é uma das áreas mais densamente povoadas do mundo, com cerca de 2,2 milhões de pessoas vivendo em uma área de cerca de 45 quilômetros quadrados.

md (AP, Reuters, AFP)

Gaza vive "catástrofe humanitária sem precedentes", diz ONU
Os ataques de Israel à Faixa de Gaza levaram a uma "catástrofe humana sem precedentes" no território palestino, disse neste domingo (15/10) a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).

"Nem uma gota de água, nem um grão de trigo, nem um litro de combustível foi permitido na Faixa de Gaza nos últimos oito dias", disse Philippe Lazzarini, comissário geral da UNRWA, a jornalistas.

"Façam o alerta de que, a partir de hoje, meus colegas da UNRWA em Gaza não estão mais conseguindo prestar assistência humanitária", completou. "Na verdade, Gaza está sendo estrangulada e parece que a guerra neste momento perdeu sua humanidade."

O ministro da Energia de Israel, Israel Katz, havia dito anteriormente que o fornecimento de água estava sendo retomado no sul de Gaza após conversas entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

"Isso empurrará a população civil para o sul [da] Faixa", disse Katz em comunicado, uma semana depois de Israel ter parado de fornecer água, combustível, alimentos e energia para todo o território como parte de um "cerco total" ao enclave palestino.

O município de Beni Suheila, no sul de Gaza, confirmou que o abastecimento de água foi retomado na região.

ek (AFP)

Mais de mil desaparecidos sob escombros em Gaza
Mais de mil pessoas estão desaparecidas sob os escombros de edifícios que foram destruídos por ataques aéreos israelenses em Gaza, segundo informações divulgadas pela Defesa Civil palestina neste domingo.

Em um comunicado, membros das equipes de resgate afirmaram que diversas pessoas foram retiradas com vida dos escombros, até 24 horas após os edifícios terem sido atingidos.

gb (Reuters, ots)

Corpos em caminhões de sorvete
Autoridades de Gaza disseram que estão armazenando corpos em caminhões que contêm refrigeradores destinados ao estoque de sorvete. O argumento é de que transportá-los para hospitais é muito arriscado, e, ao mesmo tempo, os necrotérios estão praticamente lotados.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, vídeos postados em redes sociais mostram corpos embrulhados em panos brancos, empilhados dentro de caminhões vazios.

"Como não há eletricidade, e os cadáveres são muitos, estão fazendo isso para economizar espaço e fornecer um local frio para os corpos", escreveu o jornalista Azaiza, de acordo com o Guardian.

O hospital Al-Shifa, o maior da Cidade de Gaza, informou que vai enterrar 100 corpos em uma vala comum como medida de emergência depois que o necrotério superlotou.

gb (Reuters, ots)

Irã alerta Israel devido a bombardeios: "Graves consequências"
Em meio à escalada de tensão no Oriente Médio, com Israel bombardeando a Faixa de Gaza há vários dias, o Irã pediu para que o exército israelense pare com os ataques à região. E fez ameaças.

Na rede social X (antigo Twitter), a missão iraniana na ONU escreveu que "se os crimes de guerra e o genocídio por parte de Israel não forem interrompidos imediatamente, a situação poderá sair do controle e ter graves consequências, com responsabilidade que recai sobre a ONU, o Conselho de Segurança e os Estados que conduzem o conselho, levando a um beco sem saída".

Israel prometeu aniquilar o grupo radical islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, em retaliação ao mais mortal ataque terrorista já sofrido em território israelense. No dia 7 de outubro, militantes do Hamas invadiram cidades israelenses e mataram 1.300 pessoas, além de fazerem dezenas de reféns – neste domingo, Israel afirmou que o Hamas mantém 126 reféns.

A campanha de retaliação dos militares israelenses já matou mais de 2.450 na Faixa de Gaza.

gb (Reuters, ots)

Conflito já forçou 1 milhão a se deslocarem em Gaza
Mais de 1 milhão de pessoas foram forçadas a deixar suas casas na Faixa de Gaza em uma semana, segundo informaram as Nações Unidas neste domingo (15/10), em meio a intensos ataques aéreos israelenses e ameaças de uma ofensiva terrestre contra o enclave.

Israel declarou guerra contra o grupo fundamentalista islâmico Hamas no domingo passado, um dia depois de sofrer o pior ataque em seu território em 50 anos, com um saldo de mais de 1.400 mortos. Sete dias de bombardeios incessantes contra os mentores do ataque, que controlam a Faixa de Gaza desde 2007, deixaram mais de 2.450 mortos, a maioria palestinos inocentes.

A diretora de comunicações da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), Juliette Touma, disse à DW neste domingo que os desabrigados estavam se deslocando "por toda a Faixa de Gaza".

"É provável que o número seja maior, já que as pessoas continuam a deixar suas casas", disse Touma à agência de notícias francesa AFP.

Na sexta-feira, Israel ordenou que mais de 1,1 milhão de palestinos se deslocassem da região norte de Gaza, que inclui a Cidade de Gaza, em direção ao sul, enquanto se prepara para uma invasão por terra em grande escala.

ek (AFP, DW)

OMS diz que demora é "sentença de morte" para pacientes em hospitais
A demora para a chegada de ajuda é uma "sentença de morte" para os pacientes de hospitais palestinos, principalmente aqueles que têm doenças crônicas que devem ter extrema dificuldade para a evacuação a partir do norte de Gaza, afirmou Ahmed Al-Mandhari, diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), à DW.

"Há cerca de 22 hospitais na área [afetada], que abrigam cerca de 2 mil pacientes. Muitos deles estão em ventiladores" ou precisam de suporte 24 horas, como os que fazem "terapia contra o câncer ou diálise renal", disse Al-Mandhari, acrescentando que os hospitais nas áreas do sul de Gaza – para onde os evacuados foram instruídos por Israel a se mudarem – estão operando com "99,9% da capacidade".

"Não há leitos de UTI. Não há leitos nas enfermarias. Salas de cirurgia estão funcionando 24 horas com uma grave escassez de suprimentos – incluindo água e eletricidade nas próximas horas. Estamos realmente decretando uma sentença de morte para as pessoas que precisam desses serviços a cada segundo", complementou.

Al-Mandhari afirmou à DW que espera que haja um acordo "nas próximas horas" para que um avião carregado de ajuda da OMS seja autorizado a pousar em Gaza.

gb (DW)

ONU estima 50 mil mulheres grávidas em Gaza
O Fundo para a População das Nações Unidas (UNFPA, na sigla em inglês), agência da ONU responsável por questões ligadas à saúde sexual e de reprodução, afirmou que há pelo menos 50 mil mulheres grávidas na Faixa de Gaza que não conseguem acessar serviços de saúde.

A agência estima que cerca de 5.500 delas darão à luz ainda neste mês de outubro.

"Essas mulheres precisam de cuidados de saúde e proteção urgentemente", escreveu o órgão no X (antigo Twitter).

A UNFPA também instou "todas as partes [envolvidas no conflito] a cumprirem suas obrigações de acordo com a lei humanitária internacional e a lei internacional de direitos humanos".

Desde o dia 7 de outubro, os ataques pelo Hamas e as retaliações de Israel, já mataram mais de 1.300 em Israel e 2.300 na Faixa de Gaza, a maioria civis, incluindo mulheres, crianças e idosos, segundo fontes oficiais de ambos os lados.

gb (ots)