Quase 1,3 mil morreram no Mediterrâneo em 2019, diz OIM

CAIRO, 03 JAN (ANSA) – Quase 1,3 mil migrantes morreram em travessias no Mar Mediterrâneo em 2019, de acordo com um balanço divulgado nesta sexta-feira (3) pela Organização Internacional das Migrações (OIM), que confirmou também o aumento da mortalidade na rota entre Líbia e Itália.   

Segundo a OIM, exatas 110.669 pessoas cruzaram o Mediterrâneo para chegar à Europa no ano passado, queda de 5% na comparação com 2018, mas outras 1.283 perderam suas vidas tentando, o que representa uma redução anual de 44%.   

Antes principal porta de entrada para solicitantes de refúgio na Europa, a Itália acolheu 11.471 migrantes forçados por via marítima em 2019, segundo a OIM, queda de aproximadamente 50% em relação ao ano anterior.   

Apesar disso, a rota do Mediterrâneo Central ficou mais mortal, passando de um índice de um migrante falecido ou desaparecido a cada 35 que chegaram em segurança em 2018 para um a cada 33 no ano passado.   

Já as chegadas à Grécia quase dobraram em 2019, passando de 32.742 para 62.445 em um ano. Mas a OIM alertou que há um “crescente número de naufrágios que ainda precisam ser confirmados”, o que pode agravar o balanço.   

Segundo a entidade, o fenômeno dos “barcos fantasmas” ficou mais frequente com a retirada de navios europeus e de ONGs do Mediterrâneo, fazendo com que parte do fluxo migratório na região não entre nas estatísticas. (ANSA)