Cerca de 10 milhões de estudantes retornam gradualmente às escolas na Colômbia a partir desta segunda-feira(17), em meio a uma onda de infecções por covid-19 devido à variante ômicron.

“O início do calendário acadêmico 2022 será plenamente presencial e sem restrição de lotação nos estabelecimentos de ensino”, informou o Ministério da Educação em nota.

Cerca de 9,9 milhões de alunos de escolas públicas e privadas são chamados a retomar as aulas presenciais e não será exigido certificado de vacinação, disse a chefe da pasta, María Victoria Angulo, à Blu Radio.

A medida contrasta com a adotada para entrada em grandes eventos, além de bares, restaurantes, museus, entre outros locais, onde é obrigatório o documento que comprove o esquema completo de vacinação.

Angulo justificou a eliminação dessa exigência para as escolas, argumentando que “a educação é um serviço essencial” e o governo não pode restringi-la “sem motivo”.

A Colômbia registrou um recorde de infecções por covid-19 no sábado em quase dois anos da pandemia com um registro de mais de 35 mil casos em um dia. A ômicron, variante mais contagiosa da covid-19, é dominante no país segundo o Ministério da Saúde.

“Os professores já estão nas escolas públicas, embora nos sejam relatados colegas positivos com covid-19 que permanecem isolados. O grave da quarta onda é que o governo estabelece presenciais e não pede nenhuma medida em face da variante”, disse em sua conta no Twitter o Fecode, o mais importante sindicato dos professores.

Em 2021, as crianças estudaram em um modelo que alternava aulas virtuais e presenciais, mas as remotas apresentavam problemas de conexão.

“Hoje, ao contrário de um ano atrás, não só os professores e diretores estão vacinados, mas temos mais de 50% das crianças” imunizadas com pelo menos uma dose, disse Angulo.

Dos 50 milhões de habitantes do país, 19,2 já receberam o esquema vacinal completo.

Desde março de 2020, a Colômbia somou 5,5 milhões de infecções por covid-19 e mais de 130.000 mortes.

Segundo a Unicef, dois em cada três menores ainda não estão frequentando aulas presenciais devido à pandemia na América Latina e no Caribe, ou seja, cerca de 86 milhões de crianças ainda estão fora das salas de aula na região.