Cerca de 1.200 cristãos foram assassinados no mundo entre novembro de 2015 e outubro de 2016 “por razões relacionadas as suas crenças”, um número muito inferior ao do ano anterior, informou nesta quarta-feira a ONG protestante Portas Abertas.

Em 2016 – de 1º de novembro de 2015 a 31 de outubro de 2016 – o número de cristãos assassinados registrados por esta organização evangélica era de 1.173 pessoas, contra 7.100 em 2015, após vários anos de aumento (1.201 mortos em 2012, 2.123 em 2013 e 4.344 em 2014).

Das vítimas fatais, quase a metade foram registradas na Nigéria, com 695 mortos.

“As crises muito violentas que impactaram os números em 2015 diminuíram de intensidade, seja porque os grupos extremistas estão em retrocesso (exemplos: Boko Haram, o grupo Estado Islâmico) ou porque os cristãos já morreram ou fugiram da zona”, segundo o relatório da Portas Abertas.

Esta ONG publica nesta quarta-feira sua classificação anual dos “50 países onde os cristãos são mais perseguidos”. No total, “215 milhões” de pessoas são vítimas de perseguições, de forma “forte, muito forte ou extrema”, ou seja, aproximadamente um terço da população cristã destes Estados.

A Portas Abertas estima, no entanto, que estes números, que englobam apenas os assassinatos de cristãos “provados de forma certa” através de informações divulgadas na imprensa e na internet, estão “abaixo da realidade”.

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Assim, a Coreia do Norte, primeiro país do “índice mundial de perseguição a cristãos”, não aparece no registro dos homicídios por falta de “dados confiáveis” no país “mais fechado do planeta”.


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