O chef de cozinha e fotógrafo Claudio Teixeira Souza, de 54 anos, mora em Modena, na Itália, país que adotou quarentena em todo o seu território para tentar conter o surto de coronavírus. Ele contou à reportagem como está sendo a sua rotina.

“Moro em Modena, uma das áreas afetadas pela quarentena decretada pelo governo italiano no fim de semana. A verdade é que já estamos vivendo uma situação de anormalidade há semanas. A escola da minha filha, de 15 anos, está fechada há um mês e ela vem tendo aulas por videoconferência. Minha mulher, que é funcionária de uma empresa, já está em home office há dias. Eu trabalho em um restaurante e vi o movimento cair drasticamente. Com o avanço do coronavírus, mesmo antes da quarentena oficial, de dia atendíamos no máximo duas, três pessoas. De noite, não passava de 15 clientes. Antes do coronavírus, com a casa cheia, eram 40”, diz.

“O dono do estabelecimento ainda não decidiu o que vai fazer diante da quarentena, se vai continuar aberto ou fechar. As pessoas estão evitando sair às ruas e o governo recomenda até que evitemos visitar os amigos. O que nos assustou no fim de semana foi o salto rápido no número de casos. Aqui em Modena, tínhamos notícia de que eram em torno de 20. E, de repente, no dia seguinte, eram mais de 300”, afirma Souza.

“Quando vou ao mercado, por exemplo, uso máscara e luva e já há a recomendação de que mantenhamos distância de pelo menos 1 metro das pessoas”, finaliza. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.