O delegado da Polícia Federal Felipe Hille Pace, responsável pela força tarefa da Lava Jato, disse na coletiva sobre 35ª fase da operação, nomeada Omertà, que a Odebrecht se referia a Antonio Palocci quando usava o codinome “italiano”. A PF concedeu coletiva na manhã desta segunda-feira, 26, para dar detalhes sobre a ação.

Segundo ele, o fato foi descoberto após depoimento da funcionária da empresa Maria Lúcia Tavares na 26ª fase da Operação. Pace explicou que Maria Lúcia não sabia do codinome de Palocci, somente da gíria usada para se referir ao casal João e Mônica Santana, marqueteiros que realizaram campanhas do PT, mas com seu depoimento foi possível analisar novamente os documentos apreendidos na 14ª fase da operação, que teve como principal alvo da Odebrecht, e chegar a conclusão de que “Italiano” era Palocci.

O delegado da PF disse que a última dúvida para ligação entre o codinome e Palocci acabou com um e-mail de 2010 de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa, que dizia que “o italiano não estava” na diplomação de Dilma Rousseff na Presidência. Mas, segundo Pace, Palocci estava, o que aconteceu é que Marcelo não encontrou o ex-ministro na cerimônia.