A Basarnas (Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia) compartilhou em seu perfil oficial do Instagram imagens da operação de içamento do corpo de Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após cair de um penhasco durante trilha no vulcão Rinjani, localizado na ilha de Lombok, na Indonésia. Em um dos stories, a agência pede para para que não culpe os socorristas quando houver um acidente.
A publicação foi originalmente publicada pelo perfil @swarataufik e repostada pela agência, que depois apagou o post. A mensagem dizia: “Fazer trilha até o Monte Rinjani é um esporte de turismo extremo. Tenha respeito e conheça seus limites. Quando acontecer um acidente, não culpe os socorristas sem entender o que eles passam”.
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Brasileiros estão deixando mensagens nos perfis de órgãos e autoridades da Indonésia criticando a demora para os socorristas chegarem até o ponto onde Juliana estava.
“Juliana caiu a 300 metros e estava viva! Vocês a deixaram por 4 dias sem socorro! Esperaram fumando e sentados, como vimos em diversos vídeos enquanto ela morria”, escreveu uma.
“Não vão a países que não se preocupam com a vida de seus visitantes (…), a obrigação é ter um plano de resgate, tem drones que carregam até 25quilos, inadmissível lucrarem e não terem o mínimo de respeito aos seus visitantes”, disse outra.
“Quatro dias! Uma negligência absurda por parte das autoridades da Indonésia. O Brasil tem muitos problemas, mas jamais veríamos esse nível de descaso com uma vida humana. Aqui, uma operação de resgate teria começado no mesmo dia. É inadmissível que em pleno 2025, com toda a tecnologia e informação disponível, a resposta de um país com tanto turismo internacional seja tão lenta, fria e desumana”, pontuou outra.
Operação de içamento
Uma operação realizada por agentes da Basarnas (Agência Nacional de Busca e Resgate) da Indonésia começou por volta do meio-dia desta quarta-feira, 25, no horário local, início da madrugada no Brasil. O corpo de Juliana foi içado após mais de sete horas de trabalho.
De acordo com o governo da Indonésia, o socorrista voluntário Hafiz Hasadi conseguiu chegar a uma profundidade de 600 metros na terça-feira, 24, e encontrou Juliana sem sinal de vida.
Segundo as autoridades da quipe Assistência de Busca e Salvamento em acidentes e desastres, o resgate ocorreu pela manhã por causa do clima desfavorável e a visibilidade limitada.