A Argentina precisou estabelecer um protocolo de emergência após um tripulante de uma embarcação que saiu do porto de Santos (SP) apresentar sinais de infecção por mpox nesta quarta-feira, 21. Apesar da suspeita, as autoridades locais determinaram mais tarde que o homem, um cidadão indiano, não estava com o vírus.

A mpox, anteriormente conhecida como “varíola dos macacos”, foi definida novamente como uma emergência sanitária pela OMS (Organização Mundial da Saúde) no dia 14 de agosto. A entidade tomou a decisão após a RDC (República Democrática do Congo) registrar 14 mil casos e 524 mortes em decorrência da enfermidade apenas em 2024.

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De acordo com a professora de Biossegurança Global Raina MacIntyre, da UNSW (Universidade de Nova Gales do Sul), na Austrália, existem dois tipos de clade da mpox, a 2b, da África Ocidental, que é menos severa e apresenta uma mortalidade de 1%, e a 1b, da África Central, com um número mais elevado de 10%.

Em 2022, os casos de mpox reportados pertenciam a clade 2b, já a emergência sanitária declarada pela OMS neste ano é decorrente da 1b, que se espalhou para países africanos que nunca haviam registrado casos da doença, como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda.

Confira letalidade da mpox em comparação a outras doenças virais:

Vírus Ebola – 90%

Varíola Humana (erradicada em 1980) – 30%

Mpox – 0,1 a 11% em áreas endêmicas; 0,022% no Brasil

Variante ômicron do Sars-cov-2, causador da Covid-19 – 0,7%

H1N1 da pandemia de 2009 – 0,001% a 0,007%

Fontes: Ministério da Saúde, CDC (Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos) e pesquisa publicada na “International Journal of Infectious Diseases”

*Com informações da Ansa