A morte do papa Francisco, de 88 anos, nesta segunda-feira, 21, passa a Igreja Católica para um governo de transição conhecido como “Sé Vacante”. No período, o carmenlengo — responsável por administrar os bens e o tesouro do Vaticano — organiza o Conclave, em que o Colégio de Cardeais deve se reunir para definir quem será o novo pontífice.
O cargo de carmenlengo é ocupado pelo cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell, nomeado por Francisco em 2019. O religioso deve atuar durante a ausência de um papa e organizar o funeral do pontífice, além de outras funções.
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O papa é a autoridade máxima da Igreja Católica, sendo responsável por organizar a doutrina da religião e canonizar santos. O pontífice é considerado o sucessor de São Pedro.
Os segundos na linha de comando são os cardeais, cargo dado a alguns bispos pelo papa, que são membros do Colégio de Cardeais. Os indivíduos que recebem essa função são considerados como conselheiros do pontífice e podem integrar a Cúria Romana, órgão que administra a Igreja Católica.
Durante o Conclave, os cardeais se reúnem para eleger entre eles um novo papa. A escolha do líder começa de 15 a 20 dias após a morte do pontífice. O Colégio de Cardeais atualmente é composto por 252 pessoas, incluindo oito brasileiros. Desse grupo, 131 votam — são votantes somente os que têm menos de 80 anos — sendo sete brasileiros.
Os cardeais se reúnem durante dias dentro do Vaticano, na área conhecida como “Zona do Conclave”, e fazem um segredo de juramento absoluto. Eles são impedidos de ter qualquer forma de comunicação com o mundo exterior durante o processo.
Para que um novo papa seja eleito, ele precisa ter dois terços dos votos. A votação é secreta e as cédulas são queimadas após a contagem.
O Conclave para eleger um novo papa permite até quatro votações diárias, duas pela manhã e duas à tarde. Se após três dias não houver escolha, ocorre uma pausa de 24 horas para orações, com outra possível após sete votações adicionais sem resultado.
Abaixo dos cardeais estão os arcebispos, responsáveis por comandar uma província eclesiástica metropolitana, um conjunto de paróquias que pode contemplar várias cidades. Os indivíduos que possuem essa função devem supervisionar os bispos da região que administram.
A linha de comando da Igreja Católica é sucedida pelos bispos, que comandam uma diocese, área composta por várias paróquias. Os padres são a quinta função na hierarquia, estando acima apenas dos diáconos.
