 "Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil")
A pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira, 17, aponta que 47% dos entrevistados são contra o PL (Projeto de Lei) da Dosimetria, enquanto 24% são a favor e 19% querem penas ainda menores. A proposta tem como objetivo reduzir penas para os condenados por tentativa de golpe de Estado.
O projeto, aprovado na Câmara dos Deputados, é avaliado nesta quarta-feira pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado.
A Quaest fez o seguinte questionamento: “Qual sua opinião sobre a redução das penas?”
- A favor da redução proposta: 24%;
- A favor de reduções ainda maiores: 19%;
- Contra a redução da pena: 47%
- Não soube/não respondeu: 10%.
No recorte político, 77% dos que se declaram lulistas são contra a redução da pena, enquanto 32% dos bolsonaristas são a favor da redução proposta.
A favor da redução proposta
- Lulista: 10%
- Esquerda não lulista: 13%;
- Independente: 27%;
- Direita não bolsonarista: 36%;
- Bolsonarista: 32%.
A favor da reduções ainda maiores
- Lulista: 4%
- Esquerda não lulista: 3%;
- Independente: 11%;
- Direita não bolsonarista: 39%;
- Bolsonarista: 53%.
Contra a redução de pena
- Lulista: 77%
- Esquerda não lulista: 82%;
- Independente: 48%;
- Direita não bolsonarista: 17%;
- Bolsonarista: 10%.
A pesquisa perguntou aos entrevistados se eles acreditam que o PL da Dosimetria foi aprovado para reduzir a pena de do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou a de todos os condenados.
- Reduzir a pena de Bolsonaro: 58%;
- Reduzir a pena de todos: 30%;
- Não sabe/não respondeu: 12%.
Anistia
O levantamento voltou a questionar os entrevistados sobre a anistia aos condenados pela trama golpista. A parcela dos que são contrários continua a ser a maior, 44% rejeitam a anistia, porém, houve uma oscilação para baixo, dentro da margem de erro, ante os 47% registrados em outubro.
Já a parcela dos que são favoráveis oscilou, também dentro da margem de erro, um ponto para cima, de 35% para 36%.
A amostra dos que são a favor de uma anistia somente para os condenado do 8 de janeiro de 2023 — quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes — oscilou para cima, de 8% para 10%.
A pesquisa entrevistou 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre 11 e 14 de dezembro. A margem de erro é de de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.