PISA, 21 AGO (ANSA) – Pelo menos quatro transexuais, sendo dois brasileiros e dois italianos, foram presos em Pisa, na Itália, acusados de liderarem uma quadrilha de exploração de outros 30 transexuais brasileiros.   

A operação, coordenada pelo promotor público Paola Rizzo e conduzida pelos carabineiros do Núcleo Investigativo de Pisa, encerra uma investigação de cerca de dois anos. Os mandados de associação criminosa e exploração da prostituição foram cumpridos em Pisa, Viareggio (Lucca), Massarosa (Lucca) e Livorno na última terça-feira (14).   

De acordo com as autoridades, os 30 transexuais brasileiros eram forçados a se prostituir nas ruas de Pisa, Migliarino e no município de Vecchiano. Além disso, se eles quisessem “se libertar” da escravização sexual tinham que pagar até 20 mil euros cada. O valor era solicitado para quitar o empréstimo feito por outros trans que lhes emprestaram dinheiro para deixar o Brasil e ir para a Itália.   

Os exploradores eram responsáveis por organizar viagens e preparar casas para os transexuais se prostituirem. As vítimas ainda eram forçadas a pagar uma espécie de aluguel dos lugares.   

A quadrilha desfrutava de um fluxo de dinheiro de milhares de euros por ano.   

A polícia também descobriu que os dois italianos cúmplices, originários de Nápoles, oficializaram uma união civil com a dupla brasileira para garantir a permanência legal deles na Itália para quando a autorização de residência expirar. (ANSA)