Após mais de quatro horas de discussões, a convenção nacional do Partido Verde (PV) acabou sem definição sobre quem a legenda irá apoiar na corrida presidencial deste ano ou se permanecerá neutra. A sigla, no entanto, aprovou resolução que impede seus integrantes de apoiar o candidato Jair Bolsonaro (PSL), nos Estados.

Segundo o presidente do PV, José Luiz Penna, a pré-candidata à Presidência pela Rede, Marina Silva, ofereceu a vaga de vice em sua chapa ao partido durante a reunião, o que embaralhou o processo. Ele disse que a avaliação sobre o convite será feita até o limite do prazo para registro de candidatura, dia 5 de agosto.

“Nós decidimos não ter candidato (próprio), mas vamos observar o convite que chegou durante o processo convencional e trabalhar um pouco essa ideia. O Brasil precisa que todos que façam política estejam em plantão permanente para observar o que for melhor para o País, vamos ficar observando tudo e tentar avisar nossos companheiros”, disse Penna.

Independentemente da resposta ao convite de Marina, Penna deixou claro que os candidatos nos Estados estão livres para formar alianças com outras legendas porque o objetivo maior é garantir a eleição de deputados federais e cumprir e cláusula de barreira.

Questionado se a liberação das alianças nos Estados com outros partidos não complicaria uma eventual aliança com Marina, Penna concordou e respondeu que a “dificuldade é companheira da política”. “É muito complicado, mas a gente não pode deixar de observar e tomar a posição devida”, declarou.

Sobre a decisão do PV de proibir apoio ao candidato Bolsonaro nos Estados, Penna disse: “Estamos para o Bolsonaro como vampiro está para o alho, é um retrocesso muito grande. As propostas são incompatíveis com qualquer sonho de futuro”.

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