Que o ditador russo vencerá a guerra parece ser consenso mundial. As forças militares da Rússia são infinitamente superiores. A começar pelo número de soldados (2 milhões contra 900 mil), terminando pelos submarinos, inclusive nucleares (45 contra nenhum dos ucranianos). Mais dia menos dia, Putin invade Kiev, depõe Zilensky e instala outro presidente lá. É o roteiro do filme traçado pelo desumano imperador de Moscou. Mas e daí? O que vem depois? Por quanto tempo Putin manterá suas tropas para dominar os 45 milhões de ucranianos que estão cheios do autoritarismo russo, quando ainda faziam parte da colônia soviética (até 1991, a Ucrânia era território da Rússia, tornando-se independente com o fim do jugo da URSS). E Putin, continuará resistir às pressões internas e externas para se sustentar no poder por quanto tempo mais?

Bem, a história da humanidade tem exemplos clássicos de que invasões assim não dão certo para a vida toda. Basta ver o caso da própria Rússia, que invadiu o Afeganistão em 1979 e por lá ficou dez anos. Gastou uma fortuna lá para manter a ocupação e seus soldados no país ocupado e teve que sair de lá com o rabo entre as pernas. Aconteceu o mesmo com os Estados Unidos na invasão do Afeganistão. Os americanos de Biden acabam de mandar as tropas desocuparem esse país depois de 20 anos de ocupação ostensiva daquele país asiático. E o que vimos não foi nada bom. Os americanos deixaram aquele pais sem conseguir se livrar dos Talibãs.

Outros exemplos históricos estão aos montes por aí, como foi a Guerra do Vietnan, de 1955 a 1975. Depois de 20 anos de massacre, tanto dos vietnamitas, quanto dos jovens americanos, os Estados Unidos saíram de lá enxovalhados. E ainda tem a guerra do Iraque e tantas outras. Normalmente o custo financeiro e político para o invasor é enorme e para o invadido, normalmente mais fraco, como agora no caso da Ucrânia, os prejuízos em matéria de civis mortos é inestimável.

Portanto, essa guerra estúpida provocada pelo estúpido Putin precisa terminar o quanto antes. Mas a negociação da paz precisa ser para valer. Os russos querem que a Ucrânia ceda em tudo (não quer que ela ingresse na Otan e na Comunidade Econômica Europeia, que aceite a independência dos territórios livres, como Donesk, e respeite a independência da Criméia), mas não cede em nada, como por exemplo, cessar fogo imediatamente, retirar as tropas do país ocupado, devolver a Criméia e territórios que a Rússia forçou a independência agora).

O impasse, portanto, continua e continuará por um bom tempo. Esperemos que isso não aconteça com a concretização de nenhuma ameaça nuclear, porque já tivemos tragédias demais no planeta. O ideal seria o surgimento de um país que mediasse um acordo de paz. Chega de violência e dos mais fortes massacrarem os mais fracos.