MOSCOU, 14 ABR (ANSA) – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu a segunda dose da vacina anti-Covid, revelou o próprio mandatário durante um evento com empresários nesta quarta-feira (14).   

“Agora mesmo, eu recebi a segunda dose. Eu espero que tudo fique bem. Na verdade, eu não só espero, eu tenho certeza sobre isso.   

Eu espero que a pandemia morra logo, principalmente, pela vacinação que estamos promovendo ativamente”, disse Putin durante o encontro, segundo repercutiu a agência estatal Tass.   

O líder russo havia tomado a primeira dose em 23 de março, mas assim como ocorreu naquele dia, não foi informado qual imunizante ele recebeu. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, o dado não seria divulgado, apenas que era uma vacina russa, porque todos os imunizantes produzidos no país “são seguros”.   

A primeira vacina aprovada pelo Kremlin foi a Sputnik V, do Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia, que vem sendo aplicada nas categorias prioritárias (profissionais da saúde da linha de frente, militares, professores e servidores públicos essenciais) desde julho. Para a população em geral, a autorização ocorreu em dezembro.   

As outras duas, a EpiVacCorona, do Instituto Vector de Novossibirsk, e a CoviVac, do Instituto Chumarov, foram liberadas pouco depois.   

O governo aprovou as três vacinas mesmo ainda em fase de testes e, por conta disso, muitos cidadãos duvidam da eficácia delas.   

Conforme dados do portal “Our World in Data” até esta terça-feira (13), a Rússia aplicou 14,5 milhões de doses das vacinas. Isso equivale a 9,9 doses a cada 100 pessoas, um índice bastante baixo no mundo.   

Já os dados sobre a pandemia estão estáveis, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, que compila dados mundiais. Até o momento, são 4.613.646 contágios confirmados e 102.275 óbitos.   

No entanto, os números oficiais do governo são bastante questionáveis, já que a própria Rosstat – agência de estatísticas russa – informou no fim de dezembro que eram 186 mil as vítimas da crise sanitária em 2020. (ANSA).