O presidente russo Vladimir Putin pediu, neste domingo (27), o fim dos confrontos mortais entre separatistas, apoiados pela Armênia, e as forças do Azerbaijão, na região de Nagorno-Karabakh.

“É importante fazer o possível para evitar uma escalada no confronto, mas o principal é dar um fim às hostilidades”, disse Putin, citado em um comunicado do Kremlin após uma conversa telefônica com o primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan.

“A parte russa expressou sua séria preocupação em relação à retomada dos combates em grande escala”, acrescentou o breve comunicado.

Ao menos 16 militares separatistas armênios morreram nesses confrontos e mais de cem ficaram feridos, segundo o Ministério da Defesa de Nagorno-Karabakh, nos piores combates na região desde 2016.

Ambas as partes relataram igualmente perdas civis, sem especificar o balanço até o momento.

Um conflito maior entre Armênia e Azerbaijão poderia gerar a intervenção de potências rivais na região, como Rússia e Turquia.

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O conflito de Nagorno-Karabakh, região separatista do Azerbaijão de maioria armênia e que conta com o apoio de Erevã, alimenta as tensões regionais existentes há trinta anos.

Nos últimos anos, Baku aproveitou suas reservas de petróleo para gastar amplamente em materiais de armamento e conta com o apoio da Turquia.

A Armênia, muito mais pobre, é próxima da Rússia, que tem uma base militar no país. Pertence a uma aliança político-militar liderad por Moscou, a Organização do Tratado de Segurança Coletiva.

A Rússia, que se posiciona como árbitro regional, entrega armas aos dois países.


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