O presidente russo, Vladimir Putin, pediu nesta quarta-feira (11) ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que se abstenha de qualquer ação desestabilizadora na Síria.
Em uma conversa por telefone com Netanyahu, Putin “pediu que ele se abstenha de qualquer ação que possa desestabilizar ainda mais a situação no país, que representaria uma ameaça para a sua segurança”, informou o Kremlin em um comunicado, dois dias depois de as forças israelenses bombardearem uma base do exército sírio.
Putin “insistiu na importância do respeito à soberania da Síria”, acrescentou o comunicado, destacando que ele e o premiê “falaram dos recentes ataques da aviação israelense contra a base aérea T-4”.
Esta instalação militar, situada na província central de Homs, foi danificada pelo bombardeio israelense na segunda-feira. Abriga forças sírias e iranianas e pelo menos 14 combatentes, inclusive iranianos, morreram no ataque, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Em fevereiro, Israel já tinha atacado a base militar T-4 em uma ofensiva contra posições do exército sírio e de forças iranianas enviadas para a Síria, onde apoiam o regime de Bashar al Assad em sua guerra contra os rebeldes e os extremistas.
A Rússia, um dos principais aliados de Assad, alertou para novos ataques contra as forças sírias, especialmente depois de os Estados Unidos ameaçarem responder após um suposto ataque químico lançado pelo regime no reduto rebelde de Duma na semana passada.