Putin endurece punição para soldado que se render ou desertar

MOSCOU, 24 SET (ANSA) – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou neste sábado (24) um pacote de emendas ao código penal relativo ao serviço militar.   

A nova lei diz que a deserção dos soldados russos ou o não comparecimento ao serviço militar é punível com pena de prisão de cinco a 10 anos, assim para aqueles que voluntariamente se renderem ao inimigo.   

Além disso, estão previstos 15 anos de prisão por deserção durante a mobilização ou lei marcial, segundo a agência Tass.   

A alteração na legislação já havia sido aprovada pelo Parlamento russo durante a última semana e ocorre poucos dias após a Rússia anunciar uma mobilização parcial de reservistas para combater na Ucrânia.   

Mais cedo, Moscou também informou a substituição de seu mais alto comandante militar para questões logísticas, o general do Exército Dmitry Bulgakov. Ele foi dispensado de suas funções como vice-ministro da Defesa e substituído pelo general Mikhail Mizintsev.   

A medida foi divulgada pelo Ministério da Defesa da Rússia, citado pela agência estatal Interfax.   

Mizintsev será “responsável pelo material e suprimentos técnicos das forças armadas”, enquanto a Rússia está no meio da campanha de mobilização, diz a nota, acrescentando que “Bulgakov foi transferido para um novo posto”.   

Segundo a imprensa ucraniana, Mizintsev foi apelidado de “o açougueiro de Mariupol” pelos ataques devastadores à cidade ucraniana e pelo comportamento brutal contra a população civil durante a ofensiva. O general, inclusive, foi atingido pelas sanções ocidentais nos últimos meses. (ANSA).