MOSCOU, 3 MAI (ANSA) – O presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, se reuniram nesta quarta-feira (3) em Sochi, na Rússia, para debater sobre o conflito na Síria e fortalecer as relações bilaterais.   

“Sobre nossos ombros recai uma grande responsabilidade. Tenho certeza de que os passos que daremos juntos mudarão o destino de toda a região”,afirmou Erdogan ao início da reunião realizada na residência de Putin.   

Nos últimos meses, Turquia e Rússia melhoraram sua cooperação, apesar de apoiarem lados opostos no conflito sírio. “Acreditamos que a situação política interna se estabilizará pouco a pouco e serão criadas as condições para um maior desenvolvimento das relações russo-turcas. Quero dizer que muitas das coisas que fazemos têm caráter conceptual e devem ser ratificas por nossos parlamentos”, disse.   

A criação das zonas seguras na província de Idlib, na cidade de Homs, em Ghouta oriental e no sul da Síria foi um dos assuntos debatidos entre Putin e Erdogan. A proteção dessas áreas seguras estaria a cargo de contingentes militares da Rússia, Irã e Turquia, países responsáveis pelo cessar-fogo declarado em 30 de dezembro do ano passado. Moscou e Ancara concordaram que “a criação das zonas deverão conduzir a uma maior reconciliação e reforço do regime para cessar-fogo na Síria”. Além disso, Putin acredita que este processo deve levar à “reconstrução da integridade territorial do país e a única administração para ir além das diferentes visões das forças políticas existentes”.   

“Parar o derramamento de sangue é a principal condição para o início de um diálogo político entre as partes em conflito”, acrescentou o chefe de Estado russo.   

Durante o encontro, os dois mandatários ainda concordaram que a a solução para a crise síria pode ser somente política e diplomática, segundo informou a agência “Tass”.   

O mesmo tema foi abordado na conversa telefônica que Putin manteve com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.   

Segundo a Casa Branca, a conversa entre os dois governantes foi “muito boa” e ainda “coincidiram que o sofrimento na Síria durou muito tempo e que todas as partes devem fazer todo o possível por pôr fim à violência”. (ANSA)