28/11/2024 - 7:42
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o ataque em larga escala desta quinta-feira (28) contra a Ucrânia é uma resposta aos ataques ucranianos contra o território russo com mísseis americanos ATACMS.
Putin reivindicou um grande ataque com 90 mísseis e 100 drones. Ele afirmou que as forças russas atingiram 17 alvos.
“É uma resposta aos contínuos ataques contra o nosso território com mísseis ATACMS”, disse o presidente russo durante uma visita ao Cazaquistão, onde participa de uma cúpula regional.
O presidente acrescentou que o ataque com drones explosivos lançado na quarta-feira contra a Ucrânia também fez parte da sua resposta ao uso de mísseis ocidentais de longo alcance contra solo russo.
As autoridades ucranianas relataram que mais de um milhão de casas ficaram sem energia elétrica após o ataque desta quinta-feira, que visou principalmente infraestruturas energéticas civis.
O conflito entre Rússia e Ucrânia, iniciado em fevereiro de 2022 com a invasão lançada por Moscou na ex-república soviética, se intensificou nas últimas semanas.
Depois de receber autorização de Washington, seu aliado, o Exército ucraniano utiliza mísseis americanos para atacar a Rússia, que na semana passada respondeu com o lançamento de um míssil hipersônico experimental, denominado “Oreshnik”.
Putin ameaçou usar novamente mísseis hipersônicos e atacar os países ocidentais que fornecem mísseis de longo alcance à Ucrânia se Kiev voltasse a atacar o território russo com essa arma.
No Cazaquistão, Putin exaltou as virtudes do “Oreshnik”, um míssil balístico de “médio alcance” com capacidade nuclear, o que significa que pode atingir alvos localizados em um raio de 3.000 a 5.500 km.
“Dezenas de cargas atacam o alvo a uma velocidade de Mach 10. Ou seja, a cerca de três quilômetros por segundo. A temperatura dos elementos que impactam chega a 4.000°C. Se bem me lembro, a temperatura na superfície do Sol é entre 5.500 e 6.000 graus”, disse ele aos seus pares da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC).
Putin também afirmou saber quantos mísseis americanos ATACMS e britânicos Storm Shadow estão na Ucrânia, “onde estão exatamente e quantos serão entregues”.
Ele também indicou que poderia atacar “centros de tomada de decisão em Kiev” e gabou-se de que a Rússia produziu muito mais mísseis do que “todos os países da Otan juntos” e que iria aumentar ainda mais a sua produção.